O delegado Fabrício Wloch confirmou que existe a acusação contra um funcionário da Edy Vieira. Mas disse que não vai revelar quem é o homem acusado dos abusos. Em razão do inquérito ser sigiloso, vamos, por enquanto, não divulgar nomes, afirmou. Ainda não se sabe há quanto tempo a malvadeza estaria rolando.
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Duas irmãs, de 13 e 12 anos, foram as crianças que deram o start pro crime vir à tona. Contaram a um irmão, que registrou um boletim de ocorrência. O rapaz também teria procurado parentes de outras meninas que, pra espanto de todos, também revelaram que estariam sofrendo com os abusos e ameaças de M.
Pais e responsáveis pelas meninas chegaram a se reunir na escola, na tardinha de segunda-feira, pra meter pressão na diretora Keity Fabiana Rodrigues.
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Às 11h30 de segunda, uma hora e meia depois que o primeiro BO contra o bibliotecário foi registrado, o inquérito policial já havia sido instaurado pelo delegado Fabrício.
O que as meninas contaram
É preciso ter estômago pra ouvir o que as crianças contaram aos familiares e confirmaram aos homidalei. As quatro vítimas que oficialmente já procuraram a polícia têm entre 11 e 13 anos. Na quinta-feira, informou o delegado Fabrício Wloch, a diretora da escola, uma especialista e pelo menos mais uma menina com seus pais irão até à depê da Mulher, da Criança e do Adolescente pra prestar depoimentos.
Pelo que dizem as irmãs de 12 e 13 anos, os abusos aconteciam na própria biblioteca. M. é acusado de colocar a mão na xexeca das crianças e exibir o pinto para elas.
A criança mais nova, de 11 anos, que também diz ter sido abusada pelo auxiliar de biblioteca, seria filha de uma professora. Ela contou que a M. a chamava para sentar no colo dele, botava as mãos entre as pernas da menina e a chamava de gostosa.
A quarta suposta vítima do funcionário da escola tem 12 anos. A estudante afirma que M. costumava chamá-la de sua namorada e vivia colocando a mão por debaixo da blusinha para tocá-la.
Em todos os casos teria havido ameaças. Mas não eram contra as crianças. Caso as meninas contassem a alguém, suas mães sofreriam as consequências. Tu não vais querer ver a tua mãe atropelada, teria dito M. para uma estudante. Para outra, ameaçou empurrar a mãe escada abaixo caso algo fosse revelado.
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Haveria ainda mais vítimas do suposto tarado. Soubemos por outras fontes que alguns pais não quiseram registrar a ocorrência para não expor as crianças, revelou o delegado Fabrício. O interrogatório de M. tá previsto pra semana que vem, quando todas as crianças e testemunhas tiverem sido ouvidas na delegacia.
Suposto tarado foi afastado ontem da escola
Edison dÁvila, secretário da Educação da prefa peixeira, garante que ninguém tinha conhecimento da situação e que a secretaria jamais recebeu queixas contra M., que é funcionário concursado há cerca de cinco anos. Ontem, quando soube das acusações, o secretário mandou que um dotô do departamento jurídico entrasse em contato com a polícia. Assim que a denúncia foi confirmada, M. recebeu o aviso de que seria afastado da escola e já teria começado a cumprir seus horários na secretaria de Educação, onde não tem contato com crianças.
O abobrão adianta que vai aguardar o final das investigações e somente vai abrir um processo administrativo contra o bibliotecário caso seja confirmada a denúncia.
Estudantes não podem mais ir de shortes e calças coladas
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Keity Fabiana Rodrigues, diretora da escola Edy Vieira Rothbarth, diz que ficou sabendo dos supostos abusos ao ser procurada pelo irmão de duas crianças. Imediatamente, afirma, entrou em contato com o pessoal da secretaria de Educação.
A diretora conta que o pessoal da escola jamais desconfiou de qualquer atitude do auxiliar de biblioteca, que, segundo ela, é uma pessoa pacata, participativa e sempre trampou nos trinques. Estávamos confiantes na equipe que tínhamos, faz questão de dizer.
Outros pais procuraram a escola pra falar sobre a situação e saber que providências seriam tomadas, confirmou Keity.
Uma aluna de 12 anos e que nunca foi molestada, contou ao DIARINHO que depois da denúncia, a escola recomendou às meninas que não vestissem mais shortes ou calças coladinhas. A estudande contou, ainda, que algumas meninas estariam com medo de freqüentar a biblioteca, pedindo para colegas meninos irem retirar os livros em seu lugar.
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