Itajaí

Crianças acusam funcionário de escola de abuso sexual e ameaças de morte

Cara foi afastado da escola pela secretaria de Educação. Polícia começou a ouvir os depoimentos das vítimas e das suas famílias

Carícias em partes íntimas de crianças, exibição do pinto e ameças de morte. É com esses elementos que está temperada a acusação contra M.R., 53 anos, auxiliar de biblioteca da escola municipal Edy Vieira Rothbarth, do bairro Salseiros, em Itajaí. O escândalo estourou na comunidade segunda-feira e até ontem o pessoal da delegacia da Mulher, da Criança e do Adolescente já havia recebido oficialmente acusações de quatro supostas vítimas do bibliotecário. Uma delas seria, inclusive, filha de uma das professoras do colégio. Haveria ainda pelo menos outras oito crianças também atacadas pelo tarado.

O delegado Fabrício Wloch confirmou que existe a acusação contra um funcionário da Edy Vieira. Mas disse que não vai revelar quem é o homem acusado dos abusos. “Em razão do inquérito ser sigiloso ...

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O delegado Fabrício Wloch confirmou que existe a acusação contra um funcionário da Edy Vieira. Mas disse que não vai revelar quem é o homem acusado dos abusos. “Em razão do inquérito ser sigiloso, vamos, por enquanto, não divulgar nomes”, afirmou. Ainda não se sabe há quanto tempo a malvadeza estaria rolando.

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Duas irmãs, de 13 e 12 anos, foram as crianças que deram o start pro crime vir à tona. Contaram a um irmão, que registrou um boletim de ocorrência. O rapaz também teria procurado parentes de outras meninas que, pra espanto de todos, também revelaram que estariam sofrendo com os abusos e ameaças de M.

Pais e responsáveis pelas meninas chegaram a se reunir na escola, na tardinha de segunda-feira, pra meter pressão na diretora Keity Fabiana Rodrigues.

Às 11h30 de segunda, uma hora e meia depois que o primeiro BO contra o bibliotecário foi registrado, o inquérito policial já havia sido instaurado pelo delegado Fabrício.

O que as meninas contaram

É preciso ter estômago pra ouvir o que as crianças contaram aos familiares e confirmaram aos homidalei. As quatro vítimas que oficialmente já procuraram a polícia têm entre 11 e 13 anos. Na quinta-feira, informou o delegado Fabrício Wloch, a diretora da escola, uma especialista e pelo menos mais uma menina com seus pais irão até à depê da Mulher, da Criança e do Adolescente pra prestar depoimentos.

Pelo que dizem as irmãs de 12 e 13 anos, os abusos aconteciam na própria biblioteca. M. é acusado de colocar a mão na xexeca das crianças e exibir o pinto para elas.

A criança mais nova, de 11 anos, que também diz ter sido abusada pelo auxiliar de biblioteca, seria filha de uma professora. Ela contou que a M. a chamava para sentar no colo dele, botava as mãos entre as pernas da menina e a chamava de “gostosa”.

A quarta suposta vítima do funcionário da escola tem 12 anos. A estudante afirma que M. costumava chamá-la de sua namorada e vivia colocando a mão por debaixo da blusinha para tocá-la.

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Em todos os casos teria havido ameaças. Mas não eram contra as crianças. Caso as meninas contassem a alguém, suas mães sofreriam as consequências. “Tu não vais querer ver a tua mãe atropelada”, teria dito M. para uma estudante. Para outra, ameaçou empurrar a mãe escada abaixo caso algo fosse revelado.

Haveria ainda mais vítimas do suposto tarado. “Soubemos por outras fontes que alguns pais não quiseram registrar a ocorrência para não expor as crianças”, revelou o delegado Fabrício. O interrogatório de M. tá previsto pra semana que vem, quando todas as crianças e testemunhas tiverem sido ouvidas na delegacia.

Suposto tarado foi afastado ontem da escola

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Edison d’Ávila, secretário da Educação da prefa peixeira, garante que ninguém tinha conhecimento da situação e que a secretaria jamais recebeu queixas contra M., que é funcionário concursado há cerca de cinco anos. Ontem, quando soube das acusações, o secretário mandou que um dotô do departamento jurídico entrasse em contato com a polícia. Assim que a denúncia foi confirmada, M. recebeu o aviso de que seria afastado da escola e já teria começado a cumprir seus horários na secretaria de Educação, onde não tem contato com crianças.

O abobrão adianta que vai aguardar o final das investigações e somente vai abrir um processo administrativo contra o bibliotecário caso seja confirmada a denúncia.

Estudantes não podem mais ir de shortes e calças coladas

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Keity Fabiana Rodrigues, diretora da escola Edy Vieira Rothbarth, diz que ficou sabendo dos supostos abusos ao ser procurada pelo irmão de duas crianças. Imediatamente, afirma, entrou em contato com o pessoal da secretaria de Educação.

A diretora conta que o pessoal da escola jamais desconfiou de qualquer atitude do auxiliar de biblioteca, que, segundo ela, é uma pessoa pacata, participativa e sempre trampou nos trinques. “Estávamos confiantes na equipe que tínhamos”, faz questão de dizer.

Outros pais procuraram a escola pra falar sobre a situação e saber que providências seriam tomadas, confirmou Keity.

Uma aluna de 12 anos e que nunca foi molestada, contou ao DIARINHO que depois da denúncia, a escola recomendou às meninas que não vestissem mais shortes ou calças coladinhas. A estudande contou, ainda, que algumas meninas estariam com medo de freqüentar a biblioteca, pedindo para colegas meninos irem retirar os livros em seu lugar.






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