Uma decisão da dona justa impede que construtora Orion continue com uma obra nos terrenos que fazem divisa com o condomínio Vila Rica I, na avenida da Flores, no Balneário. Segundo a decisão, publicada quinta-feira, a construtora, que pertence ao empresário Péricles Martins, tem cinco dias pra recorrer da decisão, e, caso continue a obra, estará sujeita à multa de dois salários mínimos por dia.
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Os moradores do condomínio reclamam que a empresa tá prejudicando uma reserva ambiental no morro que fica ao lado dos prédios. Eles temem que os trampos da Orion possam atrapalhar o escoamento da ...
Os moradores do condomínio reclamam que a empresa tá prejudicando uma reserva ambiental no morro que fica ao lado dos prédios. Eles temem que os trampos da Orion possam atrapalhar o escoamento da água das chuvas. O que nós queremos é resguardar a Mata Atlântica. Para isso, a empresa deve se comprometer em juízo e explicar como farão o escoamento da água após a obra concluída, declara Eduardo Prates Goldoni, síndico do Vila Rica.
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No dia 1º de junho, outra obra da mesma construtora foi embargada pela secretaria de Meio Ambiente da Maravilha do Atlântico. Após uma denúncia feita ao DIARINHO, a prefa checou que a empresa não tinha autorização ambiental pra trabalhar na área.
A reportagem do DIARINHO tentou entrar em contato com o empresário Péricles Martins, dono da empresa Orion Administração e Participações Ltda, mas não teve resposta. Nos autos do processo, há o relato de um oficial de justiça que não conseguiu localizar a empresa no endereço fornecido ao tribunal.
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Shópis também é alvo do Vila Rica
Os moradores da vila milionária movem uma ação contra o BC Shopping, que também pertence ao Péricles Martins, em sociedade com Jaimes Bento de Almeida Júnior, detentor da maior parte das ações. Segundo Eduardo, os proprietários do BC Shopping teriam se comprometido a fazer um sistema de escoamento da água da chuva, devido ao dano ambiental causado pela construção do shópis sobre uma vala. No entanto, o acordo não foi cumprido.
Procurada, a administração do shópis não quis se manifestar.