Itajaí

Motora pede respeito e Zé da Codetran quer arma

Cara detona a truculência dos agentes da guarda peixeira e chefão da coordenaria responde dizendo que quer homens armados nas ruas da city

“Cala a tua boca”. A ofensiva frase sempre vem à tona quando surgem reclamações contra os trampos dos agentes da coordenadoria de Trânsito e Transporte de Itajaí (Codetran). Carros multados, motos apreendidas ou veículos parados em locais proibidos rendem momentos de tensão entre motoras e guardas na city peixeira. O chefão da Codetran, José Alvercino Ferreira, afirma que os 58 agentes espalhados pelas ruas de Itajaí são tratados como lixo. E avisa: se algum dos guardas for desacatado ou agredido durante ação, o autor da agressão será preso e encaminhado à polícia Civil.

O denunciante C.R.S., 25 anos, ainda lembra com detalhes uma abordagem da Codetran a que foi submetido no centro da city. “O lacre da placa traseira do meu carro tava corroído pelo tempo e pela ...

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O denunciante C.R.S., 25 anos, ainda lembra com detalhes uma abordagem da Codetran a que foi submetido no centro da city. “O lacre da placa traseira do meu carro tava corroído pelo tempo e pela ferrugem. Mesmo explicando ao guarda, tive o carro guinchado com a justificativa de que o veículo poderia ser um carro furtado ou clonado. Tentei argumentar e pedi que o guarda confirmasse com a polícia Militar, naquela hora, a veracidade dessa informação. Mas não adiantou. Ele gritou pra eu calar a boca e me mandou à merda”, relembra, ainda cabreiro. “A classe política de Itajaí está dando poder de polícia pra guardas de trânsito. Eles estão mandando e desmandando e agindo com truculência contra qualquer um”, finaliza.

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Um dia sem a guarda

Já o Zé da Codetran soltou os cachorros no reclame do cara e não poupou críticas à postura dos motoristas que circulam na city peixeira. “Ninguém gosta de ser multado. Ainda mais quando a gente flagra motorista em cima da faixa de segurança ou cometendo outras infrações”, bufa.

Ontem, a coordenadoria fez um monitoramento na rodovia Osvaldo Reis, entre Itajaí e Balneário Camboriú. Cem motoristas foram bizolhados. “Desses, 32 estavam falando no celular e 17 estavam sem cinto de segurança. Nenhum deles foi multado. Mas iremos encaminhar pra casa de cada um uma cartinha com a foto deles cometendo as infrações e pedindo mais respeito ao volante”.

Precisamos de armas

Zé avalia que os desentendimentos entre guardas e motoristas só rolam porque a Codetran continua sem poder de polícia. Pra ele, o exemplo da guarda armada da Maravilha do Atlântico deveria ser adotado na city peixeira urgente.

“Precisamos de armas e algemas. Hoje, se fizermos o que manda a lei de trânsito, teremos o dobro de notificações e apreensões e mais reclamações. As pessoas só lembram dos direitos que têm. Mas se esquecem dos deveres”, filosofa.

Trampo limitado

A sargento Kaisa, do setor de comunicação social do 1º batalhão de Polícia Militar de Itajaí, confirma os perrengues. Segundo a policial, a PM já foi acionada pela Codetran em momentos de estresse. “Geralmente acontece em casos de desacato e agressão ao guarda”. No entendimento da policial, o poder da guarda é limitado e muitas pessoas desconhecem por completo as atribuições da Codetran. “A PM tem poder de polícia pra tudo. A Codetran tem a competência nas ações de trânsito, mas quando surge esse embate, de desacato, eles acabam chamando a PM pra agir”, comenta.

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O problema é herança de português

O professor da Univali, Flávio Ramos, especialista em ciências sociais, voltou no tempo para encontrar uma explicação pro caso. Pro profe, a situação do Sabe com quem você tá falando, foi herdada dos colonizadores do Brasil, os portugueses. “Essa necessidade de hierarquizar tudo e dar poderes é fruto de uma sociedade de herança colonial”, acredita.

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Sobre a tendência das cidades em criar polícias financiadas pelo município, Ramos diz que é em virtude dos baixos efetivos da polícia militar. “Aí, pra tentar compensar o déficit, acabam constituindo essas polícias. Isso atende a interesses eleitorais. Mas aumenta a segurança nas cidades. Contudo, cabe aos setores municipais treinar os agentes, principalmente no momento da abordagem a um cidadão. Hoje, essa relação é difícil pela falta de respeito e educação”, explica o sabichão.



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