O tira aposentado Ademar Luiz Pereira, acusado de desviar dinheiro público durante sua permanência como chefão da delegacia de Penha, foi preso ontem à tarde em Blumenau. Ademar, que tava sendo caçado pela dona justa desde abril deste ano, foi levado no início da noite pra delegacia do Balneário Piçarras e depois transferido para uma cela do departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Floripa, informou o delegado Rodolfo Farah, responsável pelo inquérito que apurou as supostas falcatruas do ex-policial.
Continua depois da publicidade
Ademar foi preso na casa de uma namorada, na rua Amazonas, no bairro Garcia. Como o ex-chefão da polícia Civil da Penha teria se recusado a se entregar, o delegado Fábio Osório e mais três agentes ...
Ademar foi preso na casa de uma namorada, na rua Amazonas, no bairro Garcia. Como o ex-chefão da polícia Civil da Penha teria se recusado a se entregar, o delegado Fábio Osório e mais três agentes da divisão de Investigações Criminais (DIC) de Blu, tiveram que arrombar a porta da baia. Ademar não teria reagido depois disso, contou o dotô Rodrigo Marquetti, delegado regional da Terra dos Alemóns.
Continua depois da publicidade
A polícia já tinha informações de que Ademar andava por Blumenau. Sua família mora no bairro Fortaleza e era por lá e também na casa da namorada que ele andava se escondendo.
Conheça as acusações contra o policial
Continua depois da publicidade
O agente foi responsável pela delegacia de Penha entre os anos de 2004 e 2006 e de 2009 até 24 de março deste ano. Teria sido nesse tempo, de acordo com as acusações que enfrenta, que cometeu alguns crimes, entre eles o de peculato, que é quando um servidor público surrupia dinheiro do governo.
Abastecer o carango pessoal com gasosa paga pela polícia, pagar R$ 5,5 mil por consertos de viaturas para um funcionário cedido pela prefeitura para fazer a manutenção da frota policial digrátis e comprar um binóculo por R$ 3,5 mil que nunca apareceu na delegacia estão entre as acusações que pesam contra Ademar. Como ele teria metido pressão pra cima de testemunhas, a dona justa acatou o pedido do delegado Rodolfo Farah e decretou sua prisão preventiva em abril.
Em 15 de maio, Ademar conseguiu agilizar os trâmites burocráticos para sua aposentadoria e deixou a polícia Civil antes que seu processo administrativo e inquérito policial fossem concluídos.
Na edição do dia 11 de maio, o DIARINHO publicou a versão do ex-chefão da depê de Penha, jurou ser inocente e disse estar sofrendo perseguições. Ele não disse qual seria a motivação para a suposta pegação no pé que afirma estar sendo praticada pelo delegado Farah e pelo delegado Procópio Batista Ferreira Neto, de Penha.