Itajaí

Família que perdeu filho executado agora tem a casa incendiada

Pro comerciante Sebastião Padilha incêndio foi coisa de traficantes

Do sobrado na rua Leopoldo Guns, a rua do Pau-Pega, na Itajuba, em Barra Velha, não sobrou nada. Do mercado, que ficava anexo à casa, ainda deu pra recuperar boa parte dos produtos e equipamentos. Mas ontem pela manhã, mais do que contabilizar prejuízos pelo incêndio criminoso que rolou durante a madruga, o comerciante Sebastião Jacinto Padilha, 48 anos, repensava sua permanência em Barra Velha. O incêndio foi o segundo golpe trágico do destino para ele em menos de duas semanas. O primeiro foi a execução filho Jean, 17, fuzilado dentro da própria casa.

A polícia Civil da Capital do Pirão desconfia que o fogaréu tenha sido criminoso. Por sorte, ninguém tava na casa no momento do incêndio. Desde que a primeira tragégia aconteceu, em 21 de junho, ...

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A polícia Civil da Capital do Pirão desconfia que o fogaréu tenha sido criminoso. Por sorte, ninguém tava na casa no momento do incêndio. Desde que a primeira tragégia aconteceu, em 21 de junho, Sebastião e a mulher Marli estavam morando na casa de um amigo, em Blumenau.

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Pelos registros do corpo de Bombeiros, o fogaréu começou às 3h15 da madruga e surgiu a partir de três focos distintos, o que reforça a teoria da polícia de incêndio criminoso. Da baia de madeira, que ficava no segundo piso, na parte dos fundos do mercado Padilha, sobrou apenas tocos de madeira queimados. A casinha tinha três quartos, sala, cozinha e banheiro.

O fogo se alastrou até o açougue e destruiu todos os equipamentos. Três refrigeradores, um forno utilizado pra assar os pãezinhos e cerca 50% dos produtos do mercado foram perdidos. Só em mercadorias e aparelhos, Sebastião estima que teve um preju de R$ 160 mil.

Trafica é apontado como mandante do incêndio e da execução de rapaz

Sebastião Padilha estava ontem pela manhã visivelmente desorientado. Andava de um lado para o outro, entre os escombros do que até o dia anterior foi o sobrado onde morava, sem saber o que será agora da sua família e de seu comércio.

Mas de uma coisa ele não tinha dúvidas: o incêndio que transformou sua casa em cinzas não foi um acidente. “Meu filho foi morto porque namorava a filha de um traficante. Atearam fogo na casa, não foi acidental”, afirmou ao DIARINHO, enquanto derramava um rio de lágrimas.

O traficantes ao qual Sebastião se refere é Enéas Ponciano, o Miti, 31 anos. Mesmo da cadeia, acredita o comerciante, o bandido mandou comparsas praticarem o crime. “Ele já tentou pôr fogo em minha casa e matar o Jean outras vezes. Ele e um outro traficante já tentaram quebrar tudo aqui, também”, diz Sebastião.

Polícia também suspeita de retaliação do tráfico

O delegado Wilson Masson, da depê de Barra Velha, também acredita na hipótese de incêndio criminoso. Uma das suspeitas é que o fogo foi ateado no sobrado dos Padilhas como retaliação. É que, no sábado, as polícias Civil e Militar desmontaram uma quadrilha ligada a Miti, um traficante que teria prometido vingança contra os Padilhas (veja matéria nesta página).

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A polícia Civil de Barra Velha já acionou os sabichões do instituto Geral de Perícia para levantar pistas que possam confirmar a autoria do crime.

Jean morreu fuzilado na frente da família e sobrou tiros até pra coitada da mãe

O adolescente Jean Jacinto Padilha, 17 anos, teve a vida abreviada de forma brutal. Foi fuzilado na frente da família, na noite de 21 de junho. Sua mãe, Maria Nadir Rodrigues Padilha, 51, chegou a ser atingida por quatro tiros.

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Era pouco antes das 20h quando dois bandidos invadiram o sobrado que ficava nos fundos do mercado Padilha. Sem pena nenhuma, os pistoleiros mandaram bala pra cima do rapaz. Foram nove tiros que atingiram peito, barriga e pernas. Pra dona Maria Nadir, que pediu clemência pela vida do filho, sobraram quatro balaços, que lhe atingiram a mão, a perna, o ombro e um dos braços.

Dona Maria Nadir reconheceu um dos carrascos, o soldado do tráfico Felipe Leonardo, 19, que foi preso horas depois pela polícia Militar. Felipe tem ligação com o traficante Miti, pai de uma menina que Jean estava ficando. O trafica, diz a família, não queria o namoro dos dois e já teria feito ameaças e atentados contra os Padilhas por conta disso.

A polícia trabalha com pelo menos três hipóteses sobre os motivos que levaram à execução de Jean Padilha. Um deles é um suposto envolvimento com o tráfico de drogas. Outro seria por rolos que o rapaz teria com a compra e venda de bagulhos roubados. A terceira suspeita é de que o namoro entre os adolescentes seria mesmo a causa da desgraça.

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