A polícia Federal de Itajaí desmontou ontem um verdadeiro atacadão de drogas com sede no Balneário Camboriú e que atendia toda a região. Os traficas Alvanir Brandão, 40 anos, Paulo Ricardo Moreira da Rosa, 29, e Altamir Paulo Dutra, 22, foram presos com 22 quilos de cocaína, um quilo de maconha e 1,5 mil adesivos alucinógenos. Também foram apreendidas armas, carros usados no esquema da distribuição e pouco mais de R$ 14 mil em dinheiro. Alvanir seria o maioral do esquema.
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As investigações levaram duas semanas, informa o delegado José Dinarte de Castro Silveira, chefão da delegacia da PF de Itajaí. Numa barreira montada na BR-101, no posto da polícia Rodoviária Federal ...
As investigações levaram duas semanas, informa o delegado José Dinarte de Castro Silveira, chefão da delegacia da PF de Itajaí. Numa barreira montada na BR-101, no posto da polícia Rodoviária Federal (PRF) de Itapema, agentes da PF prenderam Paulo e Altamir. A dupla tava com o Scenic, placa DBG 1515 (Bento Golçalves/RS), que tava sendo usado pra carregar 5,8 quilos de cocaína.
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Os dois já vinham sendo monitorados. Momentos antes, teriam passado num dos apartamentos usados como depósito pra estocar a droga e saído com uma mochila. Foi nessa bolsa que a PF encontrou a droga.
Três apês estourados
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A operação policial terminou ontem pela manhã com a prisão de Alvanir Brandão no apartamento 1601 do Edifício República Argentina, que fica na avenida Brasil, 2801, no centro da city. No apê do chefão do bando, a polícia apreendeu 11 quilos de cocaína, 33 papelotes da branca já prontinhos pra venda, além de um quilo de maconha e os adesivos de ácido lisérgico, o famoso alucinógeno conhecido como LSD. Ainda foram apreendidas três balanças usadas na pesagem da droga, R$ 2,1 mil em dinheiro, duas pistolas e o baita Audi A4, placa AEP 0402 (Curitiba/PR), que também seria usado no esquema de distribuição.
No segundo apartamento dos traficas, no prédio de número 60 da rua 1300, também no centro, a polícia apreendeu R$ 12 mil em dinheiro. No terceiro endereço, num apê do prédio de número 210 da rua 1600, foram encontrados mais 11 quilos e 20 papelotes de pó.
É pela grande quantidade de cocaína apreendida que o delegado Dinarte acredita que Alvanir seja uma espécie de atacadista da região. Ou seja, trazia a droga de fora e a revendia aos traficas menores. Ele não teria contato com usuários chinfrins, apenas era responsável por abastecer o mercado de drogas da região.
Toda a droga apreendida, estima o delegado Dinarte, renderia aos bandidos cerca de R$ 350 mil. A origem da cocaína, acredita o policial, é a Bolívia e o Paraguai.
Tem currículo no crime
Alvanir é velho conhecido da polícia e já aprontou de tudo. Já praticou assalto, deu golpes na praça, traficou, liderou revolta na cadeia e aproveitou regalia dada pela dona justa pra não voltar mais pra prisão.
No começo da carreira usava o apelido Vai. Chegou a ser comparsa do famoso traficante Adilson Batista, o Capiau, executado a tiros aos 45 anos, em 2007, em Itajaí.
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Em julho de 1999, liderou um berreiro de presos no cadeião do Matadouro. Cumpria pena por estelionato e roubo. Até 2001, era considerado o mandachuva daquela cadeia.
A partir daí, teria se associado a Capiau e entrado pro tráfico. Em março de 2004, foi preso em Balneário Camboriú depois de uma perseguição que começou em Biguaçu. Estava com 600 gramas de cocaína. No ano seguinte, ganhou regalia da dona justa pra trabalhar fora do presídio de Tijucas. Nunca compareceu ao trampo e não voltou mais pra cadeia.