Porto Belo não será mais a mesma se a fundação do Meio Ambiente (Fatma) e a prefeitura aprovarem um baita empreendimento. O projeto é pra construção de um condomínio que mais parece uma minicidade, com capacidade pra abrigar 20 mil pessoas, contando com casas, comércios e até espaço pra um campus de universidade. A construtora responsável pela empreitada espera ganhar R$ 3 bilhões só com as vendas e o custo estimado pra implantação é de R$ 100 milhões.
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O projeto do grupo gringo Brookfield Incorporações é audacioso. O Costa Esmeralda nome provisório vai ser construído numa área de 300 hectares, às margens da BR-101, logo após a entrada da city ...
O projeto do grupo gringo Brookfield Incorporações é audacioso. O Costa Esmeralda nome provisório vai ser construído numa área de 300 hectares, às margens da BR-101, logo após a entrada da city. Ele é considerado uma comunidade planejada, pois vai ser um polo de moradia, trabalho e lazer, com residências, lojas, escritórios, restaurantes, praças, parques, ruas, ciclovias e hospitais, até com uma área pra instalação de um campus de universidade.
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Uma audiência pública pra mostrar ao povão os impactos do empreendimento já rolou em abril e agora é esperar pra ver se Fatma e prefa liberam o condomínio chiquetoso. Lucia Japp, membro da diretoria da associação dos Moradores do Centro de Porto Belo, lembra que o local não será fechado e terá até ruas públicas. Talvez revitalize Porto Belo, acredita, lembrando que a associação de moradores não é contra sua construção.
A ideia é fazer o empreendimento em três etapas e deixá-lo pronto daqui 15 anos. Ele será tão chique que o projeto foi feito pelo escritório de arquitetura do ex-governador do Paraná e renomado arquiteto, Jaime Lerner.
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Pouco impacto ambiental
Lucia acredita que o Costa Esmeralda não terá quase nenhum impacto ambiental, justamente por ser afastado do centro do município. A única coisa que afetará será uma área de morro que precisa ser cortada, mas a bagrona da associação diz que isso será compensado mais tarde. A preocupação maior é com o aterro que será feito no terreno. Com uma chuva forte, de repente desce água com muita intensidade no Perequê [bairro], comenta. Mas, pra evitar que isto role, um técnico já estuda a implantação de lagoas de contenção.
A mulher pensa que o condomínio, além de trazer desenvolvimento, vai ser bom pra city porque a mata ciliar era destruída pelos antigos moradores. Eles roçavam tudo até a beira do rio. Então a mata ciliar não existe lá. Com o projeto, vai voltar a existir 30 metros de área ciliar, fala Lucia, que não percebeu rejeição dos moradores durante a audiência pública.
Definição em dois meses
Daniel Vinícius Netto, gerente de avaliação de impactos ambientais da Fatma, conta que o grupo Brookfield já apresentou um estudo de impacto ambiental há mais de um ano e o projeto está em fase de análise. Fizemos um parecer preliminar e depois foi feita a audiência pública. Acreditamos que dentro de 60 dias poderemos ter um parecer definitivo, destaca o sabichão, ressaltando que, da maneira como está formatado o projeto, a região só tem a ganhar com o empreendimento porque ele propõe a recuperação de muitas áreas degradadas. Ninguém da prefa foi encontrado pra falar do baita condomínio.
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