O Senado aprovou esta semana uma lei que regulamenta a profissão de taxista. O texto, que só depende da sanção presidencial, traz direitos e deveres aos profissionais da área e estabelece, entre outras coisas, que eles se vistam adequadamente, atendam bem o passageiro e façam cursos de direção defensiva, primeiros socorros, mecânica e elétrica de veículos. A proposta também garante um piso pra categoria, mas o valor ainda não foi estipulado. O projeto também não diz quais critérios vão regular todas as exigências, nem onde o povão pode reclamar se pegar um táxi e achar que o motora é folgado, por exemplo.
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Por causa da regulamentação, o DIARINHO resolveu ir atrás desses profissionais pra saber o que acham da nova lei. O taxista José Álvaro Ramos Barcellos, 50 anos, não tava sabendo de nada, mas acredita ...
Por causa da regulamentação, o DIARINHO resolveu ir atrás desses profissionais pra saber o que acham da nova lei. O taxista José Álvaro Ramos Barcellos, 50 anos, não tava sabendo de nada, mas acredita que a proposta pode ser boa. O único problema pra ele, que já fez cursos de direção defensiva e primeiros socorros, seria a obrigatoriedade de aprender mecânica. Se me obrigarem a aprender mecânica, eu vou trabalhar numa oficina, que ganho mais, lasca.
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José diz que muito taxista é folgado e sem noção, pois trata mal os clientes por trazer problemas de casa. Segundo ele, alguns colegas precisam de mais educação e de um melhor relacionamento com o público. A gente lida com pessoas e precisa estar apresentável pra elas, diz.
Seu José, que há cinco anos paga sua previdência social como motorista autônomo, também gostou da ideia do piso pra categoria. O piso é bastante interessante pra nós, porque vai também qualificar os futuros taxistas, acredita.
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Já Ismael João Pedroso, o Tangará, 42, acha que a maior contribuição da nova lei será selecionar melhor os profissionais do táxi. Segundo ele, a imagem dos taxistas precisa melhorar. O mínimo necessário é você estar de barba feita e cabelo cortado, além de ter uma roupa decente, observa. Pra Tangará, mesmo que o taxista esteja com problemas em casa ou em qualquer lugar, ele deve sempre respeitar o passageiro, pois é ele quem paga o salário. Se não tiver educação e respeito, não precisa nem sair de casa, conclui.
Lembrando que o DIARINHO traz encartado nesta edição um entrevistão com Orli Antônio Pacheco, o seu Lico, presidente do sindicato dos Taxistas de Itajaí, que também fala sobre a novidade.
O que diz a nova lei
Deveres:
- Ter a carteira de motora em dia e possuir carteira de trabalho;
- Usar taxímetro em todas as citys com mais de 50 mil habitantes;
- Vestir-se bem e manter a caranga em boas condições pro trampo;
- Atender todos os clientes com boa educação e respeito.
Direitos:
- Piso salarial da categoria;
- Regulamentação da profissão, direitos trabalhistas, férias e 13° salário;
- Garantia dos direitos da previdência social, como auxílio-doença e por tempo de serviço.