Itajaí

Bagrões do meio ambiente não têm ações pra combater merdança nas areias das praias

Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema e Porto Belo se baseiam apenas no trampo da Fatma, que rola só com a água

Os entendidos do setor ambiental dos municípios de Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema e Porto Belo sisplicaram sobre a situação da areia nas praias das citys, após matéria publicada ontem pelo DIARINHO. A reportagem mostrou uma análise feita pelo laboratório Freitag Ambiental, a pedido da empresa Tecnobio, comprovando que as areias das praias dos municípios estão cheias de merdança.

Em Balneário Camboriú, considerada o principal destino turístico da Santa & Bela, e que no final de maio chegou a ter 10 de 14 pontos de seu marzão considerados impróprios pra banho pela Fatma ...

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Em Balneário Camboriú, considerada o principal destino turístico da Santa & Bela, e que no final de maio chegou a ter 10 de 14 pontos de seu marzão considerados impróprios pra banho pela Fatma, o secretário do Meio Ambiente André Ritzmann declara que a prefa não faz um acompanhamento da poluição na areia. Apenas recebe os dados que a Fatma produz semanalmente sobre a qualidade da água das praias. “É difícil uma prefeitura fazer esse estudo permanente. Nós não fazemos, mas, se for feito, seria um controle a mais pra ajudar. Tudo que adiciona conhecimento é bom pra proteção das praias”, avalia o bagrão.

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O secretário de Planejamento Urbano e Meio Ambiente de Porto Belo, Johnson Zunino, também admite que não há um acompanhamento do nível de contaminação da areia das praias da city. “Nossa única orientação feita pela Fatma é a coleta em oito pontos da praia. Mas acredito que o principal é o tratamento do esgoto, e isso estamos tentando fazer”, justifica o secretário.

Em Itapema, o presidente da fundação Ambiental da Área Costeira (FAACI), Juacir do Amaral, demonstrou surpresa com relação ao estudo encomendado pela Tecnobio. “Nunca tinha ouvido falar de estudos sobre a areia, apenas da água das praias. Mas seria interessante. Afinal, queira ou não, sempre que vamos à praia temos contato com a areia. Gostaria de conhecer essa pesquisa e ver o que podemos fazer no nosso município”, diz Juacir.

Pra fechar, em Itajaí, a falta de uma lei que obrigue a analisar a quantidade de cocô na areia é a justificativa da fundação do Meio Ambiente (Famai) não fazer nada. Segundo o diretor de Recursos Naturais e Projetos Ambientais da fundação peixeira, Francisco Nascimento, o município apenas recebe os dados da Fatma e tenta fazer o que pode pra prevenir a contaminação da água e da areia. “Infelizmente, não existe lei que regule a análise da areia, apenas sobre a contaminação da água. O que nós podemos fazer é projetos que ajudem a controlar a poluição das praias”, conta Francisco.

O órgão que regula a legislação ambiental no país é o conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), ligado ao ministério do Meio Ambiente (MMA). Em nota, sua assessoria de imprensa justificou que não há uma lei específica pra regular a areia das praias porque o conselho nunca foi motivado a fazer a criação. Segundo a assessoria, o Conama só pode fazer alterações na lei quando uma secretaria ou fundação estadual faz um pedido oficial.

Entenda a poluição

Nos relatórios de balneabilidade da Fatma, a praia é considerada imprópria pra banho se a água apresentar mais de 800 Escherichia coli (um tipo de bactéria que tem em cocô de gente e de bichos) por 100 mililitros em cinco análises seguidas, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2000 E. coli por 100ml. Levando em conta a mesma análise de cocô pra 100 gramas de areia, já que não há hoje uma legislação específica pra se analisar a areia, a quantidade de merdança fora da água é assustadora.

Nas quatro cidades, a quantidade de porcaria encontrada na areia, em junho deste ano, mostrou entre 40 mil e quatro milhões de E. coli por 100 gramas de areia. Isto quer dizer que as praias estavam de 50 a cinco mil vezes mais contaminadas do que prevê o padrão de balneabilidade pra água do marzão.

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