Quatro dias sozinho na mata. Frio e escuridão. Sem água ou qualquer tipo de alimento. Foi por este suplício que passou Leonardo César Almeida, 35 anos, o Léo do César Restaurante, de Bombinhas. O cara ficou perdido no meio do matagal do morro das Antenas, e apesar das buscas dos bombeiros, na madrugada de ontem, Léo conseguiu simandar do local com as próprias pernas.
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O irmão de Léo, Luciano Almeida, 37, afirma que a família não conseguiu pregar o olho nos últimos dias. Desde domingo buscavam o mano mais novo que havia desaparecido transtornadão de casa e foi ...
O irmão de Léo, Luciano Almeida, 37, afirma que a família não conseguiu pregar o olho nos últimos dias. Desde domingo buscavam o mano mais novo que havia desaparecido transtornadão de casa e foi visto pela última vez deixando a sua caminhonete perto de uma trilha do morro.
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A família entrou em desespero com receio que Léo tivesse tido um piripaque ou pudesse estar perdido, passando fome e frio. Os bombeiros de Itapema, Porto Belo e Tijucas passaram os últimos dias embrenhados no mato e até fazendo buscas de helicóptero.
Sivirou
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Apesar de todo o bizu, o perdidão conseguiu encontrar o caminho de saída. Na madrugada de ontem, depois de muito caminhar por meio do mato, encontrou uma trilha pra Itapema. Ele saiu no outro lado. Andou uns sete quilômetros, conta o irmão Luciano.
O rapaz ainda estava transtornado e mal conseguia enxergar, disse o parente. Léo caminhou umas 10 quadras até bater na casa de amigos, em Itapema. Chegou com o rosto cortado pelos galhos de árvore e muitos lanhados pelo corpo. Como é fortão pacas, o cara não tinha problemas mais graves de saúde. Fisicamente ele está bem, mas está fora de si, conta o irmão. Léo permanece em casa se recuperando da perigosa aventura. A família não sabe dizer o que levou o rapaz a sair descontrolado pelaí e siperder na mata.
Dez bombeiros e até helicóptero
Pra operação de resgate, 10 bombeiros e até um helicóptero foram colocados em ação. O comandante da empreitada, capitão Luciano Mombelli da Luz, afirma que contaram até com ajuda de dois motoqueiros de trilha. Segundo informações, a vítima era trilheira e tinha conhecimento de como se manter na mata, afirma. Caso não aparecesse ontem, os bombeiros iriam pedir a quebra de sigilo telefônico pra tentar encontrá-lo através do sinal do celular. Nunca perdemos as esperanças, conta o capitão.
O oficial diz que é comum no litoral da Santa & Bela o povão siperder em mata.