Itajaí

DIARINHO mostra a realidade dos usuários de buso na região

Especialistas aposntam soluções. Prefeituras explicam o que estão fazendo pra melhorar a vida do povão

Longas esperas. Ônibus lotados. Itinerários precários. Depender do principal meio de transporte público na região é um martírio enfrentado por milhares de pessoas todos os dias. O DIARINHO apurou que a busca por melhorias no sistema está estacionada, mas querendo dar a partida. A associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri) estuda implantar um consórcio entre as 11 cidades que representa. Itajaí se apresenta como modelo de integração entre bairros e centros com a construção de terminais. Mas há ainda muito o que melhorar.

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Especialistas consultados pela reportagem apontam que a falta de políticas públicas e correta aplicação do dinheiro público são o grande obstáculo para ações efetivas. Entretanto, apresentam caminhos ...

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Especialistas consultados pela reportagem apontam que a falta de políticas públicas e correta aplicação do dinheiro público são o grande obstáculo para ações efetivas. Entretanto, apresentam caminhos para a implantação de modelos integrados de transporte. Uma boa notícia para Amara, Robson e Carla, nossos personagens.

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Intervalos longos e inesperados. Finais de semana com poucos horários. Mesmo vivendo perto da principal via do bairro Itaipava, a avenida Itaipava, a atendente Carla Vanessa Cordeiro Rodrigues, 22, tem decoradas as queixas ao transporte público oferecido em Itajaí. “Se o ônibus tem que passar às 9h40, por que então passa 9h20 ou 9h50? Tenho que ficar meia hora no ponto pra não perder o ônibus só porque alguém não sabe montar horário?”, indaga.

Carla tenta, isso mesmo, tenta, todos os dias, chegar ao trabalho a tempo de não ter que apresentar a mesma desculpa para os constantes atrasos. “Só me atraso porque o ônibus passa fora do horário. Aí, quando eu embarco, tá lotado de outras pessoas que estavam nos pontos esperando, como eu estava, o ônibus passar na hora marcada”, afirma.

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Na última quinta-feira, o DIARINHO acompanhou a viagem de Carla até o trabalho, no centro. Nesse dia, ela trocou o horário com uma colega do serviço e foi mais tarde. Combinamos encontrá-la no ponto ao lado da escola Básica Judith Duarte Oliveira, às 12h20. O ônibus passaria cinco minutos depois desse horário. Acostumada à inconstância do itinerário, Carla só apareceu às 12h35. “Vai atrasar”, sentenciou, com espantoso conhecimento de causa. E completou: “Isso quando não passam antes do horário. Aí, como não tem como a gente prever, acabamos ficando ainda mais tempo esperando”.

Moradora do Mariscal caminha três quilômetros até parada de ônibus mais próxima

Penha dispõe de duas empresas de transporte público, Transpenha e Viação Navegantes, antiga Rainha. Ambas trabalham com ônibus e operam em itinerários e horários pré-definidos pela prefeitura. Amara Maria Ferreira, 50 anos, dona de casa, vive no loteamento Mariscal, um imenso lamaçal cortado por quatro ruas arteriais e dezenas de outras ruelas que se interligam num confuso emaranhado viário.

Lá, os ônibus não entram. As ruas são de terra, cheias de buraco. Em dias de chuva, carros atolam. É pela principal via do município, a avenida Eugênio Krause, que passam os ônibus da Viação Navegantes em direção ao destino homônimo. A Transpenha opera entre Balneário Piçarras e o limite entre Penha e Navegantes.

Quando precisa ir a Itajaí, Amara dá início a um processo de preparação pontual. Se falhar um minuto, corre o risco de perder o transporte e ter que esperar 40 minutos até que o próximo chegue. A casa dela fica a quase três quilômetros do ponto mais próximo.

A caminhada até o destino é longa e cansativa. Amara pontua que vive a absurda situação há mais de 10 anos. Mas resigna-se. “Já me acostumei. Vou rapidinho”.

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Espremido e demorado

Alvo de incessantes reclamações, a Viação Praiana opera entre Porto Belo e Itajaí. A empresa tem sede em Balneário Camboriú, onde está concentrada a maior parcela dos passageiros que os ônibus carregam. Robson Adriano Basílio, 20, está nessa lista.

O rapaz vive na cidade e trabalha em Itajaí. Entre a casa e o trabalho, a distância não ultrapassa 15 quilômetros. Mas parece uma eternidade. No verão, lembra, a situação fica pior. “Quando saio do trabalho é horrível. Não tem espaço para ninguém”, reclama.

Na avaliação dele, a presença de mais ônibus e horários entre as duas cidades ajudaria a amenizar a sensação de aperto. “É um desrespeito com quem precisa pegar ônibus todos os dias. É muito cansativo”, finaliza.

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