As mamães de Itajaí, doadoras do banco de leite humano (BLH) do hospital Marieta Konder Bornhausen, vão ter uma semana especial. De ontem até sábado, é comemorada a Semana Mundial da Amamentação e a direção do hospital peixeiro, que tem o título de hospital amigo da criança, está promovendo palestras e cursos pros funcionários sobre a importância do aleitamento materno. Além disso, a programação da semana prevê pra amanhã uma homenagem pras 20 mães doadoras do BLH e uma campanha de doação de vasilhas no sábado, pra armazenar o leite. No país, são mais de 300 hospitais amigos da criança, que incentivam o aleitamento infantil.
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Até junho deste ano, cerca de 300 litros de leite materno foram distribuídos pelo Marieta, mas o número ainda é insuficiente pra demanda do hospital, impedindo que bebês que não estão internados ...
Até junho deste ano, cerca de 300 litros de leite materno foram distribuídos pelo Marieta, mas o número ainda é insuficiente pra demanda do hospital, impedindo que bebês que não estão internados possam receber o líquido. Temos 20 mães doadoras permanentes hoje, mas com a quantidade coletada, não conseguimos dispor de leite para crianças que estão fora do hospital. Às vezes, nem mesmo a demanda de bebês internados nós conseguimos suprir, então temos que usar leite industrializado, que, apesar de ter proteínas, não é tão completo quanto o leite materno, explica a chefona do BLH, a enfermeira Larissa da Silva.
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Pra ser uma mãe doadora do hospital peixeiro, a mãe amamentando que tiver leite excedente pode ligar no (47) 3249-9400 e pedir pra fazer o cadastro. Uma equipe do BLH vai até a sua baia e dará instruções sobre como fazer a coleta e armazenamento. O leite materno é a maneira mais econômica e eficiente de combate à mortalidade infantil. Além de ter tudo o que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água, funciona como uma vacina, protegendo a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias.
Pras mães, a amamentação ajuda a perder peso mais rapidamente após o parto e o útero a recuperar seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia. Também reduz o risco de diabetes, de câncer de mama e de ovário.
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Mãe que perdeu bebê ganha R$ 100 mil de empresa
A Ondrepsb Serviço de Guarda e Vigilância foi condenada a pagar R$ 100 mil, a título de dano moral, por impedir a vigilante Marilda Conceição Nascimento de amamentar a filha recém-nascida. Pra 6ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho/SC, a empresa dificultou a amamentação da criança, colocando a mãe pra trampar em diferentes locais, além de impor a realização de curso em cidade distinta de sua casa, cometendo assédio moral. A carcada foi publicada na semana passada e a empresa ainda pode recorrer.
Marilda, que mora em Navegantes, pediu indenização por ter sofrido assédio moral e ter sido obrigada a afastar-se do convívio da filha, que faleceu cerca de 50 dias após o retorno da mãe ao trabalho. A mulher trampava como vigilante em Itajaí e, após o retorno da licença maternidade, a empresa colocou ela pra trampar em outras citys da região. A vigilante diz que a menina ficou doente e que, além de não conceder as férias devidas, a firma não permitia que Marilda se ausentasse do serviço pra atender a recém-nascida.