Ruas, avenidas, pontos turísticos ou mesmo o povão batendo perna na rua. Nada vai escapar das lentes do Google em sua passagem por Itajaí. Uma caranga, com diversas câmeras, começou a gravar imagens pro site, permitindo ao internauta fazer passeios virtuais pelo mundo.
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Se você estiver dando uma banda na city peixeira nesta semana, sorria e fique esperto. Desde ontem, o Google tá mapeando Itajaí. Com isso, você pode ser fotografado pelaí, em cenas discretas, engraçadas ...
Se você estiver dando uma banda na city peixeira nesta semana, sorria e fique esperto. Desde ontem, o Google tá mapeando Itajaí. Com isso, você pode ser fotografado pelaí, em cenas discretas, engraçadas ou até constrangedoras. Uma Captiva, equipada com 15 câmeras, tá percorrendo a city pra capturar imagens pro Street View, um serviço que permite aos usuários do Google Maps fazer passeios virtuais em três dimensões pelo mundo. Em breve, as pessoas em qualquer lugar do planeta poderão dar uma banda por Itajaí sem sair de casa.
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A ferramenta bizolhuda, utilizada pra ajudar na localização de endereços, traz algumas questões polêmicas, como uma suposta invasão de privacidade e receios na área da segurança. O possante do Google tem um mastro no teto, onde as câmeras ficam instaladas. As máquinas podem fotografar imagens em 360 graus na horizontal e 270 graus na vertical. Dentro do veículo há um computador, onde as fotos são arquivadas, pra depois serem tratadas.
O professor da Univali, Fabrício Bortoluzzi, mestre em Ciência da Computação, não concorda com as polêmicas criadas em cima do Street View. Pra ele, o serviço é excelente pra se conhecer novos lugares, inclusive em sua própria cidade. Fabrício não acredita que as fotos representem uma invasão de intimidade. A rua é um lugar público, as pessoas estão sujeitas a serem fotografadas, comenta. O sabichão diz que é exagero achar a ferramenta insegura. Não ameaça em nada, opina.
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O advogado Alexandre Botelho, especialista em Direito Constitucional, diz que não existe nenhuma orientação no campo jurídico brasileiro em relação ao Street View. Segundo ele, não há problema de se fotografar alguém em público, o que não pode é fazer uso comercial dessa imagem, como faz o Google. O advogado acredita que a empresa, ao borrar o rosto das pessoas, tá se reservando de problemas com a dona justa. É preciso haver um equilíbrio entre o uso da tecnologia e o direito constitucional das pessoas no espaço público, conclui.