A cozinheira Sueli Aparecida Puchascki, 31 anos, tem que sivirar quando o assunto é usar a energia elétrica de casa. Ela se mudou há pouco tempo e, apesar de ter feito o pedido pra ter a iluminação com antecedência, a Celesc ainda não apareceu na casa pra fazer a ligação. A muié, o marido e os dois filhos, de sete e nove anos, têm que tomar banho de caneca pra não morrerem de frio. Eles usam uma vela pra se guiarem dentro de casa à noite.
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A família mora na rua 306, em Meia Praia, Itapema. No dia 29 de junho ela pediu pra Celesc ligar a luz da casa. O prazo dado máximo era o dia 5 de agosto. No entanto, até ontem à tarde, a companhia ...
A família mora na rua 306, em Meia Praia, Itapema. No dia 29 de junho ela pediu pra Celesc ligar a luz da casa. O prazo dado máximo era o dia 5 de agosto. No entanto, até ontem à tarde, a companhia de energia ainda não tinha aparecido. Eles tão me enrolando, reclama a muié.
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Sueli correu atrás de Deus e o mundo pra ver a luz brilhar dentro de casa. Ela já foi uma pá de vezes na Celesc da city, mas em nenhuma das oportunidades conseguiu falar com o gerente, identificado como França. Um funcionário do local se solidarizou com o problema da trabalhadora e soltou que eles tão com falta de funcionários, por isso a demora. Ele me mostrou uma pilha de processos de 50 pessoas, conta.
Ainda na Celesc de Itapema indicaram que a cozinheira entrasse em contato com a empresa de Itajaí, mas lá ela também não teve resposta alguma. Um passa pro outro, bufa. Até na ouvidoria Sueli já ligou. Mesmo que a moradora de Itapema consiga uma resposta, ela acredita que o problema não vai ser resolvido tão cedo. A Celesc também já inventou outra desculpa e disse que em dias de chuva não fazem ligação da luz.
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A única fonte de luz que Sueli e a família têm é uma lâmpada que ela conseguiu emprestada do vizinho. A luz chega por um rabicho. Se fosse pra cortar a energia eles vinham rapidinho, lasca. Pro banho, a água é aquecida no fogão e despejada em bacias.
Tão com problema
Helio, gerente comercial da força e luz de Itajaí, disse que a Celesc tá sem a empreiteira que fazia as ligações. A empresa rescindiu o contrato e agora a Celesc tá esperando o processo de licitação terminar, o que ainda deve demorar mais 30 dias. Mesmo assim, o serviço não tá parado. Os funcionários da Celesc fazem hora extra pra agilizar o trampo. São cerca de 100 trampos por dia pra mais de 250 pedidos, informa o gerente.
