Itajaí

Quarenta e dois anos depois, prefa atende pedincho de moradores

Pedido de calçada e cerca em terreno do município foi a maior luta da família Assis, moradora da rua São Paulo, nos Cordeiros

O projeto de adequação de calçadas no entorno de terrenos da prefa peixeira acabou com a agonia da família Assis, que rolava há 42 anos. Até o final do ano, a promessa da administração do Itajaí é gastar R$ 650 mil na construção de 11 mil metros quadrados de passeio público em áreas pertencentes ao governo. Uma baita notícia pra família Assis, moradora da rua São Paulo, bairro Cordeiros. Por quatro décadas, pai e filha pedincharam à prefa a construção duma calçada e cerca em volta de um terreno do município colado ao muro da baia deles. Semana passada, por causa do projeto de calçamento, o local foi arrumado.

Lixão e ponto de viciados e traficantes, o terreno atormentou por anos a fio o falecido Curcíneo Sales de Assis que, governo após governo, implorava pra prefeitura dar um jeito no lugar. Mas o veio ...

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Lixão e ponto de viciados e traficantes, o terreno atormentou por anos a fio o falecido Curcíneo Sales de Assis que, governo após governo, implorava pra prefeitura dar um jeito no lugar. Mas o veio foi pra terra dos pés juntos sem ver a calçada pronta. A agonia do pai foi herdada pela aposentada Lausimar de Assis, 67 anos. O lixo acumulado no terreno, relembra a muié, era de assustar. “Eu vivia fiscalizando [o terreno] porque era demais. Sem falar que quando chovia, escorria lama pra rua”, diz.

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Agora, com calçada e cerca no lugar, dona Lausimar diz que tá com outro problema. Alguns vizinhos porcalhões tão putos da vida com ela. De acordo com a aposentada briguenta, os moradores da rua São Paulo juram que ela quer ser dona do terreno da prefa. “Ao invés da vizinhança ficar contente, passaram a me odiar. Eu não preciso de terreno nenhum. Eles [moradores] que têm que deixar de serem porcos e jogar lixo ali”, lasca.

Dar o exemplo

A senhora relata que quando foi reformar a casa do pai, um tempo atrás, um fiscal da prefa exigiu que a calçada em frente a baiuca dela fosse feita. A dona acatou a determinação, mas diz que ficou indignada. “Se eu pago impostos e sou obrigada a ter uma calçada na minha casa, a prefeitura deveria dar o exemplo nas suas propriedades”, abre o berreiro.

Um fim pro lugar

Em vez de torrar milhares de reales com aluguel de casas usadas pelo governo, dona Lausimar vislumbra no terreno ao lado a construção de uma área de lazer pras criancinhas, como, por exemplo, um parque. Fica a dica pra prefa.

A bronca das calçadas

Os 100 metros quadrados da calçada da rua São Paulo custaram a bagatela de seis mil reales. De acordo com o coordenador técnico da secretaria de Obras, engenheiro Marcelo Schlickmann, não é obrigatório que terrenos públicos ou particulares tenham calçada. “É de responsabilidade do proprietário que o passeio tenha acessibilidade e condições de tráfego aos pedestres,”, explica.

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Schlickmann ainda diz que não existe uma lei que autorize a prefa a meter o canetaço em quem não cumprir a recomendação. “Nós vamos notificar o proprietário pra que as providências sejam tomadas, mas não podemos dar um auto de infração”, detalha.

O bagrão não soube explicar porque a construção da calçada levou tanto tempo pra ser realizada. Em quatro meses, os peões da prefa já calçaram 2500 metros quadrados de áreas da administração.

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