Itajaí

Laudo sobre a morte de arrumador do porto peixeiro só traz suposições

Mais de dois meses depois da morte do arrumador Marcos José Beletti, ocorrida dentro do porto de Itajaí, enfim, foi divulgado o laudo sobre as causas do acidente. Mesmo assim, a investigação técnica conduzida pelo órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) não apresenta nada conclusivo, apenas hipóteses e suposições.

Dentre as probabilidades citadas no documento, a maioria se refere a falhas do próprio trabalhador, que teria sido negligente com itens de segurança, e da APM Terminals, empresa que administra dois ...

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Dentre as probabilidades citadas no documento, a maioria se refere a falhas do próprio trabalhador, que teria sido negligente com itens de segurança, e da APM Terminals, empresa que administra dois berços de atracação do porto e que, segundo o laudo, tem fome por produção, o que acaba deixando os peões mais expostos aos riscos da atividade. Além disso, fatos externos como o frio teriam contribuído pro acidente.

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A investigação revelou que alguns fatores de risco colaboraram pro acidente. Entre eles, a má disposição dos contêineres, que estavam entre o poste de luz e o berço onde rolou a desgraceira. O diretor de Integração do porto de Itajaí, Saul Airoso da Silva, diz que a responsabilidade neste setor é exclusiva da APM, pois a área é arrendada pela empresa. Pra Saul, é lamentável que o laudo diga que o trabalho por produção colaborou pra morte de Marcos. “Todo mundo quer um alto índice de produtividade, mas todos também buscam mais segurança. A segurança não pode ficar em segundo plano”, detona.

Já o superintendente da APM em Itajaí, Walter Joos, afirma que os berços um e dois, que a APM tem concessão, não possuem problemas de iluminação, contrariando o que diz o laudo. O papéli mostra que os trabalhadores recorrem a formas inusitadas pra conferir os lacres nos contêineres, como acender a lanterna do celular ou trazer uma de casa. “Problemas de iluminação que ainda existem na área do porto público estão sendo resolvidos pelo porto”, se esquiva Walter.

O DIARINHO tentou falar com pessoal do Ogmo, mas ninguém se prontificou a dar explicações. Marcos morreu na madrugada do dia 29 de maio, quando um operador de guindaste manobrava um contêiner no cais. O caixotão atingiu em cheio a cabeça do arrumador, a pressionando contra outro contêiner, e ele morreu na hora.

Contrato rasgado

O Ministério Público (MP) de Santa Catarina suspendeu, no dia 3 de agosto, a prestação de serviços do escritório de advocacia de Paulo Ermani da Cunha Tatim com o porto de Itajaí. Os dotores prestavam uma consultoria tributária e o assessor jurídico do terminal peixeiro, Henry Rossdeutscher, disse que o porto cancelou o contrato pra evitar problemas com o MP. Segundo ele, a questão tributária é muito complicada e por isso iriam contar com uma consultoria especializada. “Fizemos a rescisão pra evitar uma longa ação civil pública”, conclui.



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