Quem vê os tenistas brazucas dentro de quadra, representando o país em torneios mundo afora, não imagina a intensidade e o volume de trabalho feito nos bastidores, pra que os atletas e técnicos sipreocupem somente com os jogos. E esta logística, tanto das equipes de base quanto das profis, passa pelo Itamirim Clube de Campo (ICC), na city peixeira, onde trabalha Paulo Ricardo Moriguti, gerente de alto rendimento da confederação Brasileira de Tênis (CBT) e assessor administrativo do departamento de tênis do clube chiquetoso.
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Moriguti não costuma aparecer nos jornais ou televisão, mas sua atividade é fundamental pro Brasil alcançar bons resultados dentro de quadra. É ele quem faz a inscrição dos tenistas brazucas nos torneios, compra passagens, reserva hotéis, separa uniformes, repassa aos atletas as características das citys onde serão realizados os campeonatos, entre outras ações, que posteriormente são repassadas à CBT, aos Correios (patrocinador oficial do tênis nacional) e ao comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A rotina intensa e com muitas viagens fascinam Moriguti. Adoro este trabalho, o envolvimento e a amizade com os atletas. Quando viajo com as equipes, estou sempre junto a todos. Vou aos treinos, jogos e me certifico de que estão realizando as coisas certas. O objetivo é fazer com que nossos tenistas só se preocupem como as partidas e que, consequentemente, tragam melhores resultados para o Brasil, explica.
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Experiência internacional
O gerente de Alto Rendimento faz o elo entre a CBT e a elite do tênis nacional de todas as categorias. E, por conta disto, Moriguti já conheceu diversos países. Recentemente, esteve na República Tcheca, acompanhando a equipe brazuca no campeonato Mundial 14 anos. E seu roteiro de viagens terá entre as próximas escalas os Isteites, pro US Open no final de deste mês, e a Rússia, pra copa Davis no início de setembro. Nestas viagens também trocamos experiências e conhecimentos. Podemos ver o que os outros países têm de boas novidades no mundo do tênis e procuramos implantá-las em nossas equipes, destaca.
Moriguti diz que a estrutura do tênis brazuca melhorou muito nos últimos três anos e que a tendência é formar atletas cada vez mais qualificados, que possam figurar entre os melhores do mundo. Nossa nova geração está mais forte, mais confiante e mais competitiva, e muito se deve a esta estrutura montada para eles, revela o gerente de Alto Rendimento da CBT, lembrando que o trabalho extra à quadra é realizado por ele e a equipe de competição do ICC. Aqui no clube temos a mesma mentalidade e também oferecemos toda a estrutura para o desenvolvimento dos atletas.
Uma vida no tênis
Aos 43 anos de idade, Moriguti tem sua vida voltada ao tênis. Ele começou a dar as primeiras raquetadas com 10 anos e a competir em torneios aos 19. Também deu aulas, mas depois se afastou um pouco das quadras. Quando retornou, em 2001, assumiu a função de superintendente da federação Catarinense de Tênis (FCT), cargo que ocupou até o final de 2004.
No ano seguinte, passou a ser superintendente da CBT, atividade que desempenhou por três anos. Desde o final de 2008, Moriguti trabalha como gerente de alto rendimento da CBT e vem dando sua contribuição, nos bastidores, pro desenvolvimento do tênis nacional.
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