Os grupos que se reúnem em torno dos carros raros, antigos ou clássicos são formados, em sua grande maioria, por homens. A advogada Alba Mery Rebello, 60 anos, tem plena noção disso. É um universo masculino. É bem pouquinha mulher que tem, observa. Mas isso não a intimidou quando, há três anos, resolveu virar uma colecionadora e ser uma das três ou quatro mulheres que hoje têm seu próprio acervo na região.
Continua depois da publicidade
Alba é dona de três raridades por aqui. Uma delas é o minúsculo Fiatizinho modelo 600R, ano 1977 - aquele carrinho que o Totó, personagem do Toni Ramos, usava na novela Passione, da TV Globo, lá ...
Alba é dona de três raridades por aqui. Uma delas é o minúsculo Fiatizinho modelo 600R, ano 1977 - aquele carrinho que o Totó, personagem do Toni Ramos, usava na novela Passione, da TV Globo, lá na Itália. As outras são duas Isettas originais italianas da década de 50. Pra quem não conhece, a Isetta é a irmã mais velha da Romi Isetta (essa, fabricada no Brasil), um mini carro que a porta abre pelo lado da frente.
Continua depois da publicidade
Convertida à confraria
A empresária Nilza Kruscinscki, 50, é um daqueles casos de conversão. Eu nunca apreciei carros, confessa. Hoje eu adoro meu Oggi. Prefiro sair com ele do que com a S10, discursa logo em seguida, referindo-se à caminhonete que passa a maior parte do tempo na garagem.
Continua depois da publicidade
O Fiatizinho Oggi, ano 1983, está com Nilza há um ano e meio. É todo original e tem cara de zero quilômetro. A porta bate tão suave quanto a de uma geladeira. Até o estepe é o mesmo de quando o carro saiu da fábrica. E olha que Nilza o usa nas voltas do dia-a-dia no confuso trânsito de Itajaí.
As influências
As influências de Alba vieram da própria família. Um irmão, já falecido, era colecionador. Um tio, um restaurador de automóveis antigos em Curitiba. Nilza entrou nessa quando ganhou o Oggi de presente do marido, Jonas Dutra, presidente do Veteran Car. As duas, hoje, são associadas ativas do clube.