As conseqüências pra sigla que não apresenta os papélis direitinho pro Tribunal Regional Eleitoral (TRE) são sentidas no bolso. O diretório estadual do Partido Republicano Progressista (PRP) teve a prestação de contas rejeitada por unanimidade pela justa eleitoral. Dá até pra dizer que o TRE tarda, mas dificilmente falha, já que a punição pro PRP é referente à papelada de 2008. Pela decisão dos desembargadores, a sigla vai perder o direito a receber a bufunfa do fundo partidário nos próximos seis meses. A executiva do PRP ainda pode recorrer da decisão e tentar siscapar da punição.

De acordo com o juiz-relator, Gerson Cherem, a coordenadoria de controle interno (Cocin) – que é o departamento técnico do TRE – encontrou falhas nos papélis e o partido não conseguiu esclarecer nenhuma das dúvidas. O relator considerou como mais grave o fato da legenda não ter aberto uma conta bancária, o que é uma determinação prevista em lei. Além disso, a sigla recebeu doações em dindim, no valor de R$ 756, sem que a bufunfa transitasse pela conta bancária específica. Pra finalizar, o juiz ressaltou que a legenda não informou as despesas de campanha. “Embora se trate de ano eleitoral, não há registro de despesas daquela natureza, bem como acerca da origem das doações recebidas”, justificou o relator.