Pela 1h da madrugada de ontem, Evandro Junges Rodrigues, 25 anos, trampava na guarita do estacionamento da rua 2001, quando dois vadios armados chegaram e anunciaram o assalto. Ele fizeram o cara refém, o ameaçaram de morte e o obrigaram a caminhar até o terreno vizinho, onde fica a casa do dono do estacionamento.
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Dentro da moradia, os vagabundos renderam L.G.D.D., 14, filho do dono do comércio, que estava sentado no sofá assistindo TV. Os malacos mandaram os dois reféns deitarem na chón. O menor disse que não tinha dinheiro e, então, Evandro tirou R$ 200 de seu bolso e entregou aos assaltantes.
Os bandidos pediram mais dindim, mas Evandro informou que não tinha. Neste momento, um dos bandidos largou o tiro na cabeça do coitado. A bala saiu perto do olho direito da vítima. Sangrando muito, ele foi socorrido pelo dono do estacionamento C.L.D., 40, e sua esposa, que acordaram com barulho do tiro.
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Evandro foi levado pro hospital Santa Inês e transferido pro hospital regional em São José, onde passou por uma cirurgia e permanece internado na unidade de Terapia Intensiva (UTI). Seu estado de saúde é grave.
Ao ver a merda que tinham feito, os dois assaltantes simandaram da casa. Um deles montou numa ziquinha, que estava na frente da baia, e fugiu na direção da avenida Brasil. O outro traste roubou uma bicicleta de um menor que passava pelo local e fugiu pra avenida Atlântica. A polícia Militar foi chamada, fez rondas, mas não achou os vadios.
A polícia Civil irá investigar o caso e uma perícia tentará descobrir como rolou o tiro: se o assaltante atirou de maldade contra a cabeça da vítima, ou se na ânsia de conseguir mais dinheiro, ele apertou sem querer o gatilho. Nos próximos dias, os tiras também pretendem conversar com o dono do estacionamento e o adolescente que viu a fuça dos criminosos.
Vão fechar
Ontem à tarde, o DIARINHO conversou com um primo da vítima, que também trabalha no local. Ele informou que seu parente é um rapaz de bem, trabalhador e não tinha broncas pelaí. Diz que ele sequer reagiu ao assalto. Muito triste, o primo conta que eles trampam lá há 15 anos, mas nunca tinham sido assaltados.
Como o estacionamento é simples, não tem sistema de segurança. Ontem, o portão estava trancado apenas com um cadeado. O familiar conta que o proprietário decidiu fechar o estacionamento após o assalto. Ele quer fechar. Depois do que aconteceu, ele ficou muito mal, conta. O estacionamento funcionava 24 horas por dia.
Mais assaltos no final de semana
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A malacada tocou o terror na região. No sábado, rolaram mais três assaltos a comércios no Balneário e em Camboriú. O primeiro a ser atacado foi o salão de beleza da Quinta avenida, no bairro Vila Real. Pelas 15h, dois vadios armados trancaram trabalhadores e clientes numa sala nos fundos do comércio. Roubaram dindim do caixa, celulares e simandaram.
Pelas 20h, foi a vez da farmácia da avenida Central ser assaltada. Um cara armado também rendeu dois atendentes e os trancou numa salinha. O vadio recolheu 150 pilas do caixa e fugiu. Já o terceiro roubo rolou meia hora depois, em outro salão de beleza, da rua Osvaldo Minela, no bairro Cedro, em Cambu. Por lá, o assaltante roubou 60 contos do caixa e dois celulares. Ele fugiu numa moto escura. Em nenhum dos assaltos os bandidos foram presos.