A associação empresarial dengo-dengo (Acin) alertou pra possibilidade do projeto que muda a quantidade de cadeiras no legislativo entrar na pauta de votação à surdina durante a sessão de ontem. É importante informar que o projeto não está na pauta do dia, mas, segundo informações de pessoas ligadas ao legislativo, ele será inserido na última hora, alarmou a entidade em nota à imprensa. À tarde, Cidinho desmentiu. E realmente ontem não rolou a votação.
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O presidente da câmara garante que ainda nem rolou um plá entre os vereadores pra definirem o número que vai constar na alteração. Somos obrigados a votar, porque a lei orgânica tem que ser arrumada, independente de pra quantas vagas. Isso ainda vamos sentar e discutir, afirma Cidinho.
Ele acredita que segunda-feira os vereadores já tenham chegado a um consenso e coloquem o projeto em primeira votação. A segunda e decisiva votação só pode rolar 10 dias depois. O presidente do legislativo comenta que não sabe o que a maioria dos parlamentares vai decidir. Ele é favorável ao aumento, mas vai acatar o que os colegas decidirem. Eu entendo que quanto mais gente, mais fiscalização. Mas vou votar conforme os companheiros definirem, destaca Cidinho, usando o discurso pra dividir a responsa.
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Pelas câmaras da redondeza
Das 11 citys que compõem a região da associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), apenas Navega ainda não mudou o número de vagas no legislativo. Caso aumente pra 15 o número de cadeiras, as câmaras da região terão contabilizado, juntas, mais 36 vaguinhas pros parlamentares. Itajaí foi a city que mais criou novas vagas, de 12 pra 21, e que mais enfrentou dificuldades pra aprovar a mudança. Entidades de classe colocaram a boca no trombone e até espalharam outdoors contrários ao aumento. Mesmo assim, nove dos 12 edis disseram sim à alteração na lei orgânica.
Começaram a mobilização
Antes mesmo dos vereado¬res de Navega pensarem no projeto de alteração à lei orgânica pra aumentar o nú¬mero de vagas, en¬tidades da city se reuniram pra debater o assunto. No fim do plá foi elaborado um papéli que foi enviado pro legislativo dengo-dengo. O documento, que também foi encaminhado pro prefeito Roberto Carlos de Souza (PSDB), pedia que antes de entrar em pauta, os vereadores marcassem um debate. No entanto, até agora eles não receberam nenhuma resposta.
O DIARINHO não parou pra fazer as contas. Mas a Acin fez um cálculo do preju pros cofres públicos e revelou o impacto financeiro. Eles divulgaram que cada vereador recebe R$ 4,8 mil por mês e mais R$ 1,3 mil pra contratação de um assessor. Com isso, o custo anual por parlamentar passa dos 70 mil rea¬les. A mudança no número de cadeiras, de 10 pra 15, implicaria num acréscimo de R$ 366 mil por ano aos cofres públicos. No cálculo final, des¬considerando a manutenção, gastos com a estrutura e o pro¬vável aumento no salário dos edis a partir de 2013, o custo total passaria dos R$ 4 milhões pra pagar o faz-me-rir dos qua¬tro anos de legislatura.
Na região da Amfri
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Já aumentaram:
Balneário Camboriú de 10 pra 17
Balneário Piçarras de nove pra 11
Camboriú de 10 pra 15
Itajaí de 12 pra 21
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Itapema de 9 pra 13
Penha de nove pra 11
Porto Belo de nove pra 11
Sem população suficiente pra aumentar:
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Bombinhas, Ilhota e Luís Alves
Falta aprovar:
Navegantes de 10 pra 15