A chuva deu uma trégua, as águas baixaram, mas a equipe da defesa Civil e os bombeiros voluntários de Penha continuaram ontem mobilizados e prontos pra atender as emergências. A preocupação, afirmou Jhonny Coelho, chefão dos vermelhinhos e da defesa Civil, é justamente com os deslizamentos de terra que rolaram em quatro pontos da Capital do Marisco. Quanto às cheias, a situação já está sob controle. Nossa atenção é agora com as encostas dos morros, disse.
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Ontem mesmo, Jhonny oficializou um pedido para a defesa Civil do governo do estado pra que envie à cidade uma equipe de geógrafos pra avaliar a situação das encostas dos morros. Mas entendo que ...
Ontem mesmo, Jhonny oficializou um pedido para a defesa Civil do governo do estado pra que envie à cidade uma equipe de geógrafos pra avaliar a situação das encostas dos morros. Mas entendo que o pedido possa demorar um pouco, por conta de outras prioridades no estado, admitiu.
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Dois dos desmoronamentos rolaram no centro da city. Um, que havia ocorrido há três semanas, se agravou na quinta e o barreiro que caiu do morro encostou na parede de uma casa da avenida Antônio João Tavares. A moradora, uma senhora de 69 anos, abandonou a residência. Também saíram da baia os caseiros de uma mansão do alto do morro do Quilombo. O morro cedeu a poucos centímetros da parede da casa onde moravam.
Os outros dois deslizamentos rolaram numa barreira da região do Quati, no bairro Nossa Senhora de Fátima, e na Santa Lídia, no acesso à estrada das Pedreiras. Por lá, o barro atingiu uma casa e um centro de umbanda. A família um casal e três crianças teve que abandonar o local.
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Águas baixaram logo pela manhã
Logo no começo da manhã, as águas baixaram em todos os pontos de alagamento em Penha. No loteamento Cohab sobravam apenas as marcas da enchente nas paredes externas. Os moradores demoraram a voltar para suas baias. Pelas contas da defesa Civil, 69 famílias foram diretamente atingidas na city.
O acesso da rua João Luiz Justino, tomado pelas águas do rio Iriri, entre a Santa Lídia e o centro da cidade, somente foi aberto perto das 10h da manhã, quando a água baixou e deixou de vez o leito da estrada. Mesmo assim, durante boa parte do dia, os pastos dos dois lados da rua continuaram alagados.
A correnteza do rio Iriri deixou em frangalhos a pontezinha da rua João Luiz Justino. Além de levar parte da lateral norte da ponte, trouxe pra cima da estrada pedregulhos e cascalhos, dificultando o tráfego no local.
No bairro Quati, até o final da manhã era possível ver vários pontos de alagamento, já que as águas não tinham ponto de escoamento. Era o caso da estrada que dá acesso pesque-pague Barracão, que sofreu com o transbordamento de duas lagoas.