Das 150 panificadores espalhadas por Itajaí, pelo menos 70 delas teriam sido atingidas pela enchente e pararam sua produção. É o que estima José Moisés de Andrade, presidente do sindicato da Indústria da Alimentação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Siamfri). O risco, alerta o empresário, é que haja um desabastecimento do produto, caso o fornecimento de água potável não volte ao normal na cidade. “Eu tenho aqui três caixas de 10 mil litros cada uma e tô me virando. Mas quem não tem, como é que vai fazer pão sem água potável?”, preocupa-se Moisés, que é dono da panificadora Olga, no bairro Cordeiros e que escapou da enchente.

O fechamento de muitas panificadoras e a facilidade do manuseio do pão como alimento fez a venda do produto triplicar nas padarias que continuam abertas, diz ainda Moisés. “Mas ninguém tá dando conta de produzir o que precisa. A prefeitura me encomendou quatro mil pães pros abrigos e não tive como fazer”, contou.

O presidente do sindicato da Indústria da Alimentação acredita que, a partir de hoje, a maioria das panificadoras atingidas pelas águas volte a trabalhar. “Domingo foi dia de limpeza onde a água baixou e muitas já vão tá abertas. O povo quer trabalhar”, comentou.