Os impactos da enchente que abalou Itajaí no final de semana poderiam ter sido menores, caso um projeto de pesquisadores locais fosse levado a sério pelas otoridades. É o que garante o doutor em Engenharia Oceânica e professor de Oceanografia da Univali, João Luiz Batista de Carvalho, que elaborou, junto com a equipe de pesquisadores do centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Univali, um plano que propõe a construção de um muro, uma espécie de corredor pra água do Itajaí-mirim não ficar represada e escoar numa boa pelo Itajaí-açu.
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A proposta já foi apresentada pra prefa peixeira e pra agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), que desenvolveu pesquisas neste sentido pro governo japonês. Através de contrato com o ...
A proposta já foi apresentada pra prefa peixeira e pra agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), que desenvolveu pesquisas neste sentido pro governo japonês. Através de contrato com o governo catarina, a agência estuda medidas pra conter as cheias por aqui. João Luiz afirma que os executivos da Jica não podem ignorar o projeto da Univali, como vêm fazendo, pois seria essencial a agência conhecer o que os pesquisadores da região propõem pra, juntos, efetuarem algo melhor. Se o muro já estivesse pronto, teríamos uma enchente de proporções menores, garante, dizendo que a prefa ainda não deu resposta sobre transformar o projeto em realidade.
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O professor revela qual a ideia da proposta. Quando os dois rios estão cheios, a água do Itajaí-mirim fica impedida de escoar por causa da força do Itajaí-açu. O nosso projeto prevê a construção de uma espécie de pista. Esse corredor seria paralelo ao rio Itajaí-açu e teria uns 200 metros de comprimento, explica o pesquisador, que já havia sido ouvido pelo DIARINHO dias antes do desastre do finde. Gostaríamos de uma resposta da Jica, pois o projeto não terminaria com as cheias, mas conseguiria diminuí-las de forma considerável, avalia.
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O professor entende que cada caso é um caso, por isso é interessante a proposta do CTTMar ser avaliada e discutida pelos técnicos da agência, pois isso poderia, somado à dragagem do canal da barra, ter feito com que os estragos das cheias fossem reduzidos ainda mais. Seria bem interessante dizerem o que acharam da ideia, cobra.