A escolha da mulher mais bonita do mundo, Miss Universo 2011, transmitida pela TV Bandeirantes, deu o que falar. A edição do concurso foi marcada não apenas por seu aniversário de 60 anos, mas também por coroar pela primeira vez uma negra. Quem levou o título foi a lindíssima representante de Angola, Leila Lopes, 25 anos. Ela desbancou as outras 88 candidatas.
A disputa aconteceu no Credicard Hall, na zona sul de São Paulo, e terminou perto da meia-noite. A representante brasileira Priscila Machado, 25, ficou em terceiro lugar. Chegaram à final da competição ...
A disputa aconteceu no Credicard Hall, na zona sul de São Paulo, e terminou perto da meia-noite. A representante brasileira Priscila Machado, 25, ficou em terceiro lugar. Chegaram à final da competição as misses Ucrânia, Filipinas, China, Brasil e Angola. Leila Lopes disputou o título com a miss Ucrânia, Olesia Stefanko, que ficou em 2º lugar. As misses Filipinas e China ficaram em 4º e 5º, respectivamente.
Em entrevista coletiva à imprensa, a angolana de sorriso meigo e corpão de dar inveja a qualquer mulher disse que é tímida e isso foi a maior dificuldade no decorrer da preparação do concurso. No palco não parece tanto, mas sou muito tímida. Tanto que não imaginava ser miss. Sempre fui muito envergonhada, mas com o tempo as pessoas me diziam que era para eu concorrer ao miss Angola. Aí fui acreditando e aqui estou,comemorou. Eu olhava pras outras raparigas nos ensaios, elas eram tão soltas, e eu me perguntava se eu iria conseguir, confessou.
Pra atual Miss Universo, um dos momentos mais estimulantes da noite foi ter se consagrado entre as cinco finalistas. Quando entrei no Top 5 fiquei muito ansiosa. Era a primeira vez que meu país entrava, falou. Leila aproveitou a coroação para falar do racismo. Felizmente, o racismo não me atinge. Acho que os racistas precisam procurar ajuda, não é normal em pleno século 21 ainda pensarem desta forma. Devemos todos nos respeitar, independente da raça, do sexo e do meio social, disse.
Trabalho de miss
A meta da jovem é ajudar a combater a Aids em seu país, Angola. A angolana acredita que seu sorriso foi essencial pra ela vencer o concurso. Meus amigos dizem que minha principal qualidade é o meu sorriso, que consegue contagiar as pessoas. Tentei ser a pessoa mais alegre, independente de ter problemas. Acho que consegui transparecer isso, disse.
Mas, pelo visto, não foi só o sorriso o motivo que a fez ganhar. Eu falei para mim mesma que eu iria vencer. Eu acreditei, contou ela. A vencedora ganhou um ano de curso na New York Academy, um ano de despesas pagas como Miss Universo, um ano de acomodação de luxo em Nova York, viagens pelo mundo representando patrocinadores e ONGs e um ano de serviços de beleza e estética.