A primavera começou, a temperatura subiu e a caça ao mosquito da dengue já está rolando no Itajaí. Até a vigilância sanitária peixeira vem apoiando o programa de combate ao Aedes aegypti, do departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE). Desde a semana passada, agentes vistoriaram empresas da city à procura de materiais armazenados de forma inadequada, que podem virar morada pro mosquitinho maldito. A bizolhada, que terminou ontem, teve como objetivo principal orientar funcionários e proprietários de estabelecimentos a evitar o acúmulo de água parada no interior das firmas.
Luiz Antonio Spinosa, diretor da vigilância Sanitária de Itajaí, conta que 50 estabelecimentos indicados pelo DVE foram fiscalizados até segunda-feira e todos apresentaram irregularidades. ...
Luiz Antonio Spinosa, diretor da vigilância Sanitária de Itajaí, conta que 50 estabelecimentos indicados pelo DVE foram fiscalizados até segunda-feira e todos apresentaram irregularidades. O principal foco da ação estava nas empresas que estão na margem da BR-101, como borracharias e ferros-velhos, onde há risco de ter criadouros do mosquito. Buscamos orientar sobre a maneira adequada de proteger os materiais da exposição ao tempo e falamos sobre o que a lei exige para evitar a criação do mosquito, lembra o diretor.
A lei a que Luiz Antonio se refere é o decreto estadual 3687, de 7 de dezembro de 2010, que obriga a cobertura e a proteção adequada de pneus novos, velhos, recauchutados, peças, sucatas, carcaças e garrafas, bem como de qualquer outro material que se encontre dentro das instalações das empresas, evitando a exposição diretamente ao tempo. As empresas notificadas têm 15 dias pra apresentar uma defesa e 45 dias pra se adequar às exigências da vigilância peixeira, podendo apresentar na defesa um pedido pra prorrogar este prazo. Se não cumprirem as orientações, podem rolar penalidades, que vão desde advertência pra primeira notificação, até cassação do alvará do estabelecimento pros reincidentes.
São 15 focos só este ano
O DVE peixeiro resolveu antecipar a agenda de programas pra conscientizar e mobilizar o povão na luta contra a dengue. A decisão rolou porque neste ano já foram registrados dois casos de transmissão no oeste catarina e outro em Joinville. Além disso, em Itajaí já rolaram 15 focos do Aedes aegypti em 2011 dois em baias do bairro Dom Bosco e 13 em armadilhas, que são monitoradas toda semana pelos agentes. Pra piorar, houve quatro casos da doença na city, mas de pessoas que viajaram pra outros estados e voltaram contaminadas. Não teve transmissão da dengue em Itajaí.
Carlos Manuel Corrêa, diretor de vigilância epidemiológica da city peixeira, explica que a me-lhor forma de se prevenir é evitar a criação do mosquito. Não tem vacina para a dengue. A única forma de se evitar a doença é acabar com o mosquito, evitar que ele se reproduza explica. Pra rolar a transmissão, são necessários dois fatores: pessoas contaminadas e a presença do mosquitinho que transmite a doença pela picada. A principal orientação pro povão é não dei-xar água parada, tapar caixas dágua, colocar areia nos poti-nhos das plantas e cobrir pneus e quaisquer outros materiais que possam acumular água.