Começou na noite da última segunda-feira o 44º Festival de Cinema de Brasília com a exibição do documentário “Rock Brasília – Era de Ouro”, que resgata a história de grupos como Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial. A noite foi comandada pelo ator José de Abreu. A sessão lotou o Teatro Nacional e contou com muitos convidados, incluindo integrantes das bandas homenageadas. A procura para se inscrever no festival foi muito grande, o que pode ter acontecido em função das mudanças feitas no perfil do evento, como o fim do critério de ter que ser inédito, a criação da mostra competitiva de animação e o prêmio de R$ 250 mil para o melhor longa. As “Hiper Mulheres”, de Takumã Kuikuro, Carlos Fausto e Leonardo Sette, foi o escolhido para abrir a mostra, na disputa pelo Troféu Candango. O longa foi exibido em quatro pontos da capital ao mesmo tempo, uma das novidades do evento neste ano. Segundo os críticos, não só “As Hiper Mulheres” é um filme bem interessante, como os curtas, mantiveram alto padrão de qualidade. Os curtas exibidos foram: “Céu, Inferno e Outras Partes do Corpo”, “Bom tempo”, “Ser Tão Cinzento” e “A Fábrica”. Os dois primeiros são animações, mas o destaque ficou por conta de “Ser Tão Cinzento”, de Henrique Dantas, que traz a história do filme “Manhã Cinzenta” e do seu diretor Olney São Paulo, que foi preso e torturado pela ditadura militar no Brasil, e morreu pouco tempo depois.