O Ministério Público tá na bronca com o mercado público de Itajaí. A 10ª Promotoria de Justiça da comarca peixeira entrou com uma ação na dona justa, na última quinta-feira, solicitando a interdição imediata do local, por diversas irregularidades. Após um pedido do MP, otoridades já tinham vistoriado o mercado no início de setembro e constaram que o prédio corre o risco de desabar por falta de reparos. O pessoal da fundação Genésio Miranda Lins, responsável pelo espaço, informou que está fazendo um projeto de restauração. A Justiça poderá fechar o mercado a qualquer momento.
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Rachaduras e apodrecimento na estrutura de madeira do telhado, falta de extintores de incêndio e cozinha sem condições de higiene são alguns dos problemas apontados no laudo apresentado pela defesa ...
Rachaduras e apodrecimento na estrutura de madeira do telhado, falta de extintores de incêndio e cozinha sem condições de higiene são alguns dos problemas apontados no laudo apresentado pela defesa Civil. Segundo Everlei Pereira, coordenador da defesa Civil peixeira, o prédio corre o risco de desabar se não for feita uma restauração urgente. Ele também informou que foi solicitado o fechamento imediato de uma cozinha que estava provisoriamente instalada no sótão do comércio Café & Cultura, devido às condições precárias de saúde no local. Um botijão de gás e caixas de cerveja estão armazenadas de forma irregular e em caso de vazamento do gás, o prejuízo pode ser grande, pois a estrutura possui o teto baixo e não permite a ventilação adequada, explicou Everlei.
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Na ação, o MP alega que notificou os responsáveis da administração do mercado velho sobre as irregularidades, mas que as alterações não foram suficientes. A assessoria do MP ainda informou que diversas tentativas de solucionar o problema foram feitas, mas nada de atenderem. Entre as broncas, o prédio não teria habite-se e nem alvará dos bombeiros e da vigilância sanitária. Na ação, o MP pede a interdição imediata do mercado, até que todas as broncas sejam resolvidas.
Responsável sisplica
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O superintendente da fundação Genésio Miranda Lins, Darlan Pereira Cordeiro, justificou que o órgão está elaborando um projeto pra restauração do mercado, que deve começar no início de 2012. A maior dificuldade seria encontrar os materiais originais, pois o prédio é tombado. Na restauração são utilizados materiais originais da época em que foi construída a estrutura. Por exemplo, se foi passado óleo de baleia na parede, será passado novamente. Já na reforma, o mais importante é a restauração da obra em si, sem dar importância ao material, explica Darlan.
O mercado público abriga cinco lojas de artesanato, um restaurante e um bar. Foi construído em 1917 pra comercialização de produtos da pesca. A proposta de restauração da fundação ainda precisa ser aprovada pelo MP e, se concretizada, será a terceira garibada no prédio. Em 1936, após um incêndio, o local foi totalmente restaurado e tombado como patrimônio histórico.