Os peixeiros que andam de noite pela avenida Beira-rio, no centro de Itajaí, têm uma companhia nova: as capivaras. Uma moradora da região chegou a encontrar um bichano no pátio da própria baia, na quinta-feira. Sabichões alertam que, apesar da aparência dócil, é importante manter distância do animal por causa do risco de doenças.
A mata bem preservada da região do Saco da Fazenda seria o motivo do crescimento do número de capivaras em Itajaí. Esse tipo de roedor só procura ambientes de vegetação bem conservada, então é ...
 
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A mata bem preservada da região do Saco da Fazenda seria o motivo do crescimento do número de capivaras em Itajaí. Esse tipo de roedor só procura ambientes de vegetação bem conservada, então é um sinal de que o trabalho de conservação e recuperação da vegetação na região está indo bem. Além disso, o predador natural da capivara é a onça. Sem ela, é normal que apareçam mais capivaras na região, explica o técnico da fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai), o biólogo Alan Grevais.
Pra bióloga da fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma), Beloni Pauli Marterer, se o povão tomar os cuidados necessários, o risco de pegar alguma doença por causa do convívio com as capivaras é muito baixo. A incidência de febre maculosa, que é transmitida por um tipo de carrapato que é encontrado em algumas capivaras, é muito rara no país. O mais importante é as pessoas tomarem cuidado e não tentarem tocar ou alimentar as capivaras. Mesmo sendo dócil, ainda é um animal silvestre, alerta a sabichona.
Os especialistas ainda explicaram que a capivara é um animal herbívoro, então não há risco de querer morder pessoas, a não ser que seja pra sidefender de quem tente machucá-lo. Um animal adulto da capivara chega a ter um metro de comprimento e pesa até 60 kg. Uma fêmea consegue ter até oito filhotes por gestação, que dura entre 119 e 125 dias.
No pátio de casa
A dona de casa Sônia Gomes, 59, tomou um susto na quinta-feira, quando foi varrer o pátio da baia onde mora, na rua Lauro Müller, no centro peixeiro. Eu fui limpar a casa e quando saí, vi a capivara no cantinho do pátio. Como fui criada em ambiente rural, sei que a gente não deve tocar nelas, revela a moradora. A capivara foi capturada pelo pessoal da Famai e solta no Itajaí-açu (confira vídeo no site do DIARINHO). Em casos como o de dona Sônia, a orientação é sempre avisar a Famai, no telefone (47) 3348-8031.