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O desfile começou às 10h e o povão que saiu de casa no sabadão pra conferir a festoca não siarrependeu. A caminhada durou cerca de uma hora e terminou no Centreventos.

O desfile começou às 10h e o povão que saiu de casa no sabadão pra conferir a festoca não siarrependeu. A caminhada durou cerca de uma hora e terminou no Centreventos.

Quem curtiu muito e aproveitou pra tirar foto de tudo foi o casal de turistas José Luiz, 65, e Áurea Teixeira, 61, que há quatro anos não perde uma Marejada. “A gente não mora tão longe, então sempre aproveitamos pra vir aqui e aproveitar a festa, que este ano está ainda melhor porque não tem mais aqueles shows grandes, apenas as comunidades mostrando a verdadeira cultura portuguesa”, comenta José, que prefere o tradicionalismo à barulheira das apresentações dos cantores famosões.

E o elogio não vem só de quem é de fora, não. Os peixeiros também tavam curtindo o festerê. O estivador José Francisco, 44, era um dos que formava a plateia na Hercílio Luz durante o desfile. Além de assistir, ele aproveitou pra levar a netinha Yasmin, que tem apenas 27 dias de vida, pra se familiarizar com o barulho da maior festa do pescado e da cultura portuguesa do sul do mundo. “Eu já trabalhei em oito edições da Marejada, e agora só vim curtir com a minha netinha. Apesar do barulho da banda, até agora ela não reclamou”, brinca o avô peixeiro.

O desfile de roupas e tradições portuguesas também emocionou alguns nativos da city que tem descendência da Terra dos Patrícios. Dona Yvone Borba dos Santos, 74, é peixeira, mas tem um pezinho em Portugal. Ela lembra com carinho das edições anteriores do maior festerê do Itajaí. “Lembro que na primeira Marejada eu estava com quase toda minha família, pois meu filho tinha um carrinho de pipoca na sede da festa, que a cada ano fica mais bonita de se ver. Melhor ainda se tiver mais apresentações das comunidades locais. Assim a Marejada fica uma festa portuguesa, com certeza!”, comemora dona Yvone.

Um bando de siri de zica

Uma ideia louca pra festa da Marejada do ano passado, que comemorava os 150 anos da city peixeira, parece que vai ficar por muito tempo animando o povão: é a Siritopeia. “Eu queria homenagear a cidade e o povo itajaiense. Aí surgiu a Siritopeia, por causa do apelido do povo ser papa-siri”, explica o idealizador da geringonça, o advogado Luiz Fernando Molléri.

Foram cinco meses de preparação e a Siritopeia ficou pronta em 2010. Os triciclos têm a forma de um siri, e uma extensão de 1,9 metro de comprimento, por 2,4 metros de largura, cada um, incluindo as garras. Os seis siris acoplados formam uma fileira de 11 metros e meio de comprimento – lembrando uma centopeia.

Vão ter mais dois desfiles

O desafio proposto pela secretaria municipal do Turismo este ano foi tornar a Marejada mais tradicional. “Não temos shows nacionais justamente pra poder focar mais na cultura portuguesa que está nas comunidades da cidade”, afirmou Valdete Campos, uma das organizadoras do festerê. A bagrona do Turismo ainda informou as datas dos próximos desfiles deste ano: na rua Estefano José Vanolli, no São Viça, dia 15 de outubro, às 10h; e o terceiro e último vai ser dinovo na Hercílio Luz, dia 22, também às 10h. A organização alerta o povão que, se estiver chovendo, o desfile do dia será cancelado.

O que tem hoje na Marejada?

Local: Centreventos Itajaí

Horário: a partir das 18h

Ingressos: digrátis

Programação

No palco Vila dos Sabores

19h30 – banda Guarani

20h45 – grupo folclórico Vasco da Gama

21h45 – Cantadores de Engenho

22h45 – Filhos da Tradição

No palco Casa do Bacalhau

21h30 – Giza Carla

Na Vila Musical da Beira

21h30 – apresentação do Ramai

Na Sardinha na Brasa

20h30 – KlimaSamba