Os comerciantes do mercado público peixeiro tão lascados. Uma decisão da dona justa obriga todos a vazarem do prédio até sexta-feira, mas a maioria não tem pra onde ir e a retirada do pessoal tem tudo pra ter confusão. A decisão foi caneteada no início da semana passada, pelo juiz Carlos Roberto da Silva, da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Itajaí. Alguns comerciantes garantem que não saem e que vão recorrer da decisão. A prefa informa que não há outro local pra transferir os comerciantes. Após a restauração, haverá uma licitação pra decidir quem ocupará as novas instalações.
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Os comerciantes só foram saber da bronca na quinta-feira passada, quando oficiais de justiça os notifica-ram obre a decisão. A prefeitura em momento algum nos chamou para conversar. Todos os comerciantes ...
Os comerciantes só foram saber da bronca na quinta-feira passada, quando oficiais de justiça os notifica-ram obre a decisão. A prefeitura em momento algum nos chamou para conversar. Todos os comerciantes só receberam o aviso pelos oficiais de justiça. Mesmo sem ajuda, vamos tentar ficar aqui de todas as formas. Estamos aqui há 15 anos e sempre pagamos nossas contas em dia. Temos 32 funcionários com família para sustentar, reclama Thomaz Wilbert, gerente do restaurante Café & Cultura do mercado velho.
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Ele conta que os comerciantes se mobilizaram e até contrataram profissionais pra fazer um laudo particular. Já apresentamos um laudo feito por dois engenheiros e um arquiteto que garantem que o prédio não corre risco de cair. Em Florianópolis, o mercado também sofreu uma restauração e nenhum comerciante precisou sair. A igrejinha aqui do centro também foi reformada e continuou tendo missa, compara.
Só enrolam
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O superintendente da fundação Cultural de Itajaí, José Mussi, informa que se reuniu ontem com o prefeito, e depois com alguns representantes dos comerciantes do mercado público. O prefeito Jandir Bellini aprovou o projeto de restauração e agora só falta a aprovação dos conselhos de patrimônio municipal e estadual, diz o bagrão, que ainda falou sobre a situação dos trabalhadores do local. Também me reuni com alguns comerciantes, que me informaram que vão tentar um mandado de segurança para permanecer no local. Infelizmente, não é uma decisão minha, mas da Justiça, então temos que respeitar. Eles também exigem que se faça uma licitação após a restauração, conclui.
A bronca toda começou com uma ação civil pública da 10ª Promotoria da Comarca de Itajaí, apresentada no final de setembro, solicitando a interdição do prédio por irregularidades na segurança do local. A prefa informou que a restauração deve começar no próximo mês e espera deixar tudo pronto antes da regata da Volvo Ocean Race, em abril de 2012.