O presídio regional da Canhanduba, inaugurado há seis meses, registrou ontem seu primeiro assassinato. No começo da tarde, o detento Jocimar Fernandes de Paula, 40, foi encontrado enforcado com um lençol amarrado às grades da cela. Os presos que estavam por lá alegaram que Jocimar se matou. Mas, pro delegado Alan Pinheiro de Paula, da divisão de Investigações Criminais (DIC) de Itajaí, o que rolou foi um homicídio.
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Outros 10 presos dividiam a cela com Jocimar, informou o dotô Alan. No começo, os companheiros de cela do morto juraram de mãozinhas postas que ele havia se enforcado com o próprio lençol. Mas ...
Outros 10 presos dividiam a cela com Jocimar, informou o dotô Alan. No começo, os companheiros de cela do morto juraram de mãozinhas postas que ele havia se enforcado com o próprio lençol. Mas as marcas no corpo são incompatíveis com o lençol utilizado na suspensão da vítima, disse o delegado, revelando como descobriu que o suicídio foi uma simulação.
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Ontem à tarde, parte dos presos que estavam com Jocimar e agentes do presídio foram interrogados pela equipe de homicídios da DIC. O dotô Alan não revelou detalhes do conversê, mas deixou escapar que a motivação para o assassinato tem tudo pra ser uma briga que rolou no xadrez durante o final de semana.
José Milton Ribeiro Santana, diretor do presídio, disse ao DIARINHO que chegou a acreditar na versão de suicídio, apresentada pelos detentos que estavam na cela com Jocimar.
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Violência doméstica foi o que levou Jocimar ao xadrez. Ele era alcoólatra e desceu o cacete na mulher, Analíria de Oliveira. A primeira prisão foi em março de 2009 e no mesmo ano ganhou a liberdade pra se internar numa clínica. Mas como não se emendou, voltou a aprontar e acabou preso novamente.