A direção da agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou ontem que vai começar a multar transportadoras e caminhoneiros que ainda usem o sistema de carta-frete, substituído por lei em abril deste ano pelo cartão-frete - um esquema eletrônico de pagamento que evita sacanagem pra cima dos motoristas. A multa será em geral de 50% do preço total do frete, mas tem o valor mínimo de R$ 550 e o máximo de R$ 10,5 mil.
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O transportador autônomo que não aderir ao novo sistema, além de também pagar a multa, ainda vai ter seu registro de caminhoneiro suspenso, anuncia a direção da ANTT, numa tentativa de implantar ...
O transportador autônomo que não aderir ao novo sistema, além de também pagar a multa, ainda vai ter seu registro de caminhoneiro suspenso, anuncia a direção da ANTT, numa tentativa de implantar de vez o cartão-frete em todo o país.
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São as transportadoras que devem cadastrar os caminhoneiros numa das operadoras de cartão e repassar o documento eletrônico para o transportador.
Novo sistema é melhor pro caminhoneiro, diz sindicalista
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Ademir de Jesus, presidente do sindicato dos Transportadores Autônomos de Contêineres e de Cargas em Geral de Itajaí e Região (Sintracon), participou no final de semana de uma capacitação em Porto Alegre/RS sobre o novo sistema. Agora, Ademir não tem dúvida: O cartão-frete é positivo para os transportadores autônomos.
Pra ele, o pagamento do frete e do custeio da viagem através de cartão eletrônico deve baratear os produtos comprados pelos caminhoneiros na estrada. Com o cartão-frete, explica, os motoristas não ficam mais reféns de transportadoras e postos de gasosa.
É que na antiga carta-frete, que agora tá proibida, o caminhoneiro saía com um papel na mão e tinha que comprar óleo ou fazer seu rango nos postos determinados pelas transportadoras. Acabava pagando bem mais caro que o preço de mercado.
Além disso, por ser um documento informal, não havia como o transportador comprovar sua renda nem o preço que pagou pelos produtos. Agora, o dinheiro é depositado diretamente numa conta do transportador, que pode gastar onde e como quiser, observa Ademir.
Quatro empresas já tão autorizadas pela ANTT pra administrar os cartões-frete, que são uma espécie de cartão de débito. Ademir acredita que logo, logo os bancos também entrarão nesse filão. Com isso, haverá mais oferta do serviço no mercado e os postos terão que apresentar preços mais em conta pra disputar as operadoras. E isso vai baratear para os caminhoneiros, aposta o presidente do Sintracon.