Falta uma semana para o início do calendário oficial da Volvo Ocean Race, a Regata Volta ao Mundo. A Race Village, em Alicante, na Espanha, tá aberta e recebendo turistas e fãs da vela. Enquanto a galera faz aquela visitinha, as equipes fazem os últimos ajustes pra regata In-port Race, que abre oficialmente o calendário. As equipes de terra e as tripulações fazem reparos importantes nos barcos e deixam os equipamentos oficialmente aprovados pelo comitê de medição da organização.
A classe é open, ou seja, a regra estabelece alguns limites e especificações técnicas que cada projetista pode trabalhar. Tamanho, mastro e altura máxima são requisitos básicos que devem estar ...
A classe é open, ou seja, a regra estabelece alguns limites e especificações técnicas que cada projetista pode trabalhar. Tamanho, mastro e altura máxima são requisitos básicos que devem estar na margem determinada. As velas também estão sujeitas a limites de dimensão, com área vélica máxima pro balão de 500 m² e de 175 m² pra vela principal.
O Volvo Open 70, embarcação do tipo que vai ser utilizado por todas as equipes, é feito de fibra de carbono e pesa 14,5 toneladas. Ele tem 70 pés (21,5m) de comprimento total e velocidade de 40 nós de média. O mastro tem 31,5 metros.
Os primeiros
A Team Telefónica, equipe da Espanha, anunciou que já terminou o processo de medição do barco. O brazuca Horácio Carabelli, que tem a função de diretor técnico, reforça a importância desse processo para uma aventura de 39 mil milhas. O projetista explica que é importante fazer o dever de casa pra evitar perda de tempo. Este é um processo que está em andamento desde que colocamos o barco na água. Nosso time verificou tudo até a medição final e agora é a hora dos retoques, disse Horácio Carabelli.
O brazuca elogiou o trabalho do colega hermano Juan Kouyoumdjian responsável pelo projeto do Open 70 da Telefónica. Estamos muito felizes com os resultados do barco na prática. O Juan K fez os últimos dois campeões da VOR, contou Carabelli, que nasceu no Uruguai, mas mora no Brasil. Ele lembrou que a América do Sul é a fonte de grandes talentos da vela mundial. Acredito que as dificuldades que enfrentamos em algumas áreas nos forçam a ser criativos. Acho que isso é uma grande virtude. Os recursos econômicos em nossos países nunca foram ideais pra participar de forma competitiva em nível mundial, e todas as vitórias e conquistas têm sido por talento e muito trabalho, finalizou.
Atrasados
Já a equipe do Abu Dhabi Ocean Racing tentará até o prazo limite resolver todos os perrengues a bordo. Só temos alguns procedimentos fora da medida oficial da organização e estamos livres para fazer isso a partir de agora, contou o comandante Ian Walker.
O barco foi o último a completar o trecho de classificação. Sem percorrer o percurso completo no início do mês, quando os outros veleiros testaram os procedimentos de segurança, o time do Oriente Médio navegou as 111 milhas restantes pelos mares da Espanha, incluindo a manobra de homens ao mar. O barco saiu de Alicante e passou pelas ilhas de Benidorm e Tabarca até voltar ao porto. Sentimos que estamos chegando no final da lista de trabalhos e conseguimos dar à equipe alguns dias de folga no fim de semana, lembrou Walker.