Itajaí

Atravessar na faixa de segurança tá baita perigoso na city peixeira

DIARINHO foi às ruas testar a educação dos motoras. A maioria foi reprovada

Quando você tá diapé, como faz pra atravessar na faixa de segurança? Pisa na parte branca e vai, se arriscando, ou espera a boa vontade dos motoras pra seguir, de fato, em segurança? A leitora Cristiane de Oliveira procurou o DIARINHO pra detonar com os motoristas mal-educados, principalmente os que transitam no centro de Itajaí. “Uma mãe com bebê de colo e mais uma senhora esperaram cinco minutos ou mais para atravessar a rua. Quase foram atropeladas”, lasca, referindo-se a uma cena que presenciou no cruzamento entre as ruas Brusque e João Bauer, pertinho da igreja Matriz. Indignada, Cristiane ainda pergunta: “Engraçado, quem deve ser educado e parar na faixa? Nós, pedestres, ou os motoristas?”.

Depois da queixa da leitora, a reportagem deu uma banda pelas ruas da city peixeira pra testar a educação dos motoras e saber dos perrengues que o povão passa quando tá dipezão.

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Depois da queixa da leitora, a reportagem deu uma banda pelas ruas da city peixeira pra testar a educação dos motoras e saber dos perrengues que o povão passa quando tá dipezão.

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Nas faixas precedidas por lombadas e nas que cortam as ruas do centro, os motoristas bizolhados pela reportagem, em geral, respeitaram os pedestres. Quando se opta pela travessia arriscada, a chance de sucesso é maior, já que os veículos seguem em uma velocidade mais baixa no centrão.

Já nos bairros, a situação se agrava. Nas ruas Doutor Reinaldo Schmithausen (Cordeiros) e Campos Novos (São Viça) os motoras ignoram completamente a faixa, bem como os pedestres na beirada das ruas à espera da boa educação.

Tem que pesar no bolso

O chefão da coordenadoria de Trânsito e Transportes de Itajaí (Codetran), José Alvercino Ferreira, diz que a travessia em locais que não contam com o auxílio de lombadas e sinaleiras é, de fato, mais complicada. “Não dá pra colocar um agente em cada faixa. Precisamos contar com a colaboração do motorista. Pra isso, realizamos durante todo o ano eventos e palestras, inclusive nas escolas, para conscientizar sobre a importância da faixa de pedestres”, explica.

O Zé da Codetran diz que nos horários de pico tem sempre um guardinha em “locais estratégicos”, como nas entradas e saídas das escolas peixeiras.

Atenção, motoras!

- Quando o veículo segue pela faixa sem que o pedestre tenha completado a travessia. Multa gravíssima (sete pontos na carteira e multa de R$ 172,99).

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- Se o motorista desrespeitar a ordem de parada, ganha outra multa, ou quando há fiscalização eletrônica, que neste caso pode gerar duas autuações. Uma média, por parar o veículo sobre a faixa de pedestre na mudança do sinal luminoso, de R$76,88, e outra, se o motorista avançar o semáforo, gravíssima. No caso da fiscalização eletrônica, é necessário que na foto da autuação apareça a luz vermelha do farol acesa e, pelo menos, um pedaço da faixa de pedestres.

- Por mês, a Codetran autua em torno de 30 motoras que desrespeitam a faixa de segurança.

Confira os flagras nas ruas do Itajaí

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A deficiente visual Katia Cristina Conceição usa um cão guia pra se locomover na city. Ela diz não encontrar muita dificuldade pra atravessar as ruas. O dog da guria se orienta pra encontrar a faixa de pedestres.

Na travessia do calçadão da Hercílio Luz com a rua Felipe Schmidt, o motora mal esperou Katia atravessar a rua e já avançou a faixa.

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Everaldo Oliveira reclama que a faixa de pedestres da avenida Campos Novos, São Viça, tá bem na frente do comércio dele. Segundo o comerciante, quatro veículos já foram multados ao parar em cima da faixa. “Quando vejo, eu aviso, né. Mas tem hora que não dá. Acho que eles poderiam colocar a faixa na frente da igreja, que não ia atrapalhar ninguém”, explica.

Avenida Marcos Konder, na frente da Igreja Matriz. Nenhum motorista para ao ver os pedestres na faixa. A reportagem esperou dois minutos e nenhum veículo parou.

A travessia só foi realizada quando o tráfego de carros deu trégua, e os pedestres ainda tiveram que correr pra escapar duma moto.

Em teste feito na Reinaldo Schmithausen, o repórter do DIARINHO ficou por quatro minutos aguardando uma oportunidade pra atravessar a via, que só rolou

quando o fluxo de veículos

deu uma trégua.

Mas não foi só ele quem sofreu. No flagra, uma muié de ziquinha teve que correr pra chegar ao canteiro

central da rua.

No cruzamento da avenida Contorno Sul com a rua José Siqueira, na Ressacada, os motoristas repetem o comportamento padrão de não parar na faixa. Mas, por lá, eles têm uma boa desculpa. De todas as listras da zebrinha, só duas estão visíveis. Pro pedestre, o desafio é o mesmo, esperar o trânsito parar ou se arriscar, contando com a boa vontade alheia



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