A pá de gente que caminha todos os dias nas areias e calçadão da praia central do Balneário Camboriú pode estar sendo iludida pelo termômetro. Os big relógios da praia, além de indicarem a hora, apresentam a temperatura ambiente. É com base nessas informações que muitos turistas e motoristas exercitam o corpitcho. Mas o que eles não sabem é que os ponteiros do relojões ou estão doidões ou sequer funcam.
O comerciante Jorge Luís de Moura, 56 anos, tem uma barraquinha de milho e churros na central e considera os aparelhos muito úteis pro povão. É bom pra gente ver a hora, comenta. O ex-prefeito ...
O comerciante Jorge Luís de Moura, 56 anos, tem uma barraquinha de milho e churros na central e considera os aparelhos muito úteis pro povão. É bom pra gente ver a hora, comenta. O ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Roland Dornbusch, 82, hoje mora na Maravilha do Atlântico e tem como hábito caminhar na praia. Pra ele, os relógios são importantes pacas. Dá pra se organizar, acredita.
Quarta-feira, por volta das 8h, a temperatura tava em torno de 23 graus no Balneário, segundo o saite www.climatempo.com.br. Na praia, a temperatura dos relógios tava um pouco diferente. A reportagem passou por sete relógios. Dois tavam apagados e apenas dois marcavam a mesma temperatura: 25 graus. Também tinha aparelho indicando 26°, 23° e 21°.
A jornalista Renata Rosa também vive no Balneário e sabe da inconstância dos aparelhos. Muitos estão totalmente apagados (do meio em direção à Barra Sul) e em outros, a temperatura tá totalmente errada. Uns cinco ou sete graus abaixo do que deveria. Eu tenho termômetro em casa e faço a comparação, garante. Ela lamenta a falta de manutenção nos aparelhos. Muita gente que faz atividade física na praia os utiliza pra saber o tempo de caminhada ou se a temperatura é adequada para continuar a atividade, como os idosos, explica. Eles [da empresa Lépi Relógios] prestam um serviço importante para moradores e turistas se orientarem na cidade, fala, pedindo que a regulagem seja feita o quanto antes.
O climatologista da Univali Sergey Alex de Araújo sabe do problema com os relógios da Atlântica há tempos. Em entrevista ao DIARINHO em julho, ele disse que os termômetros da beira-mar deveriam ser descartados pela população porque eles têm problemas. Alguns são virados ao sol, fazendo com que a temperatura aumente. E outros ligados no ferro, que transmite calor e interfere na medição informada.
Tá regulado, diz funcionário
O responsável pelo patrimônio da prefa da Maravilha do Atlântico, Zeno Salt, disse que a empresa Lépi Relógios, de Jaraguá do Sul, é responsável pela manutenção. O abobrão coloca a mão no fogo e garante que os relógios não tão desregulados. Faz mais de um ano que eu não recebo uma reclamação, rebate. Se alguma denúncia rolar pra prefa, o pessoal da Lépi é avisado do perrengue e manda um técnico no mesmo dia pra consertar o treco, afirma Zeno.
A reportagem ligou, deixou recado e telefone de contato, mas o pessoal da Lépi não quis saber de cunversa.