Um dos assassinos da jornalista Pâmela Cristiane Mittmann, na época com 27 anos, morta após um assalto na sua casa no bairro Jardim Iate Clube, no Balneário Camboriú, em janeiro de 2010, foi preso na noite de quarta-feira pela polícia Militar, com maconha e num C4 Pallas furtado. Dyego Calton Gonçalves, o Cabeça, 25, é filho do ex-vereador da city e atual diretor do fundo de Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip), Sidney Gonçalves. O rapaz, que responde em liberdade pelo latrocínio de Pâmela e já teve passagens por roubo e tráfico, foi solto depois de prestar depoimento.
A PM havia recebido a informação de que um Pallas furtado tava circulando pela cidade fazendo entrega de drogas. Ao checarem o bizu, os policiais encontraram o carango, às 19h30, na rua Dom Felipe ...
A PM havia recebido a informação de que um Pallas furtado tava circulando pela cidade fazendo entrega de drogas. Ao checarem o bizu, os policiais encontraram o carango, às 19h30, na rua Dom Felipe, na Vila Real local onde Dyego morava na época em que foi pra cadeia acusado de matar Pâmela. Ele dirigia o baita Pallas, com a placa clonada MKM 0051 (Blumenau).
O playboy aprontão tava no carango com outro rapaz, que acabou sendo liberado pela PM. O carro foi revistado na delegacia e os homidalei encontraram dois pequenos torrões de maconha.
O delegado Wilson Carvalho, da polícia Civil do Balneário, informou que o carrão tava com registro de furto no dia 2 de setembro, em Itajaí. O dotô ouviu Dyego na quarta-feira mesmo, mas o gurizão negou a participação no furto. Ele alegou que comprou de boa fé o possante de um amigo que tava lhe devendo R$ 4 mil. Nós vamos apurar se procede, disse dotô Wilson, referindo-se à desculpa de Dyego.
Apesar do baita currículo no crime e de ter sido preso pela PM com drogas e um carro furtado, o playboy foi posto em liberdade depois de conversar com os tiras. Agora,vai responder mais essa bronca livre, leve e solto.
Teria sido Dyego quem atirou na cabeça da moça por pura maldade
Dyego Gonçalves é barra pesada. Ele já coleciona passagens pela polícia por apropriação indébita, assaltos e tráfico. O cara é tão abusado que chegou até a exibir foto sua com um monte de grana sobre uma cama. Mas o crime mais aterrorizante do moleque foi um latrocínio, ou seja, matou pra roubar.
No dia 24 de janeiro de 2010, o cara, juntamente com o traficante Anderson Edson Cruz, o Mano, e Adílio Ferreira, 35, o Cartucho, renderam a jornalista Pâmela, o marido Jean Pierre Tonnes e a mãe de Pâmela, Cristina de Lourdes Alvarez Rocha, na hora em que os três chegavam em casa, na rua Aurora, bairro Jardim Iate Clube. Os bandidos pegaram R$ 600 que tavam na bolsa da guria e a obrigaram a subir até o segundo andar da baia chiquetosa.
Eles exigiam que a jornalista lhes mostrasse o cofre da casa. Mas não havia cofre nenhum. A moça então entregou mais 1,2 mil dólares e joias na tentativa de se livrar dos bandidos. Apesar de ela não ter reagido em nenhum momento, antes de ir embora um dos trastes atirou na cabeça de Pâmela. A mulher morreu na hora. O acusado de ter feito a maldade é Dyego.
O carinha chegou a desenhar a cabeça de uma mulher levando um tiro disparado por um homem num programa de mensagens instantâneas da internet, o MSN, igual como foi a morte da jornalista. Foi através disso que a puliçada conseguiu chegar no safado, pois a conversa tava salva no computador.
O trio foi guentado pelos tiras da central de Investigações do Balneário e enjaulado no dia 8 de abril do ano passado. Mas Dyego foi solto pra responder o processo em liberdade condicional em 18 de fevereiro deste ano.
Processo tá empacado
Mesmo depois de mais de um ano e meio do crime, por enquanto ainda não tem data marcada pro julgamento de Dyego. O processo tá nas mãos do promotor Jean Michel Forest. Ele aguarda a volta de umas cartas precatórias enviadas pra outras comarcas com objetivo de ouvir testemunhas de defesa e também de um dos réus, o Adílio, que hoje tá na penitenciária de Mato Grosso do Sul. Só quando essas pendências forem resolvidas é que o juiz titular da 2ª Vara Criminal, Gilmar Conte, vai novamente interrogar os dois réus que tão pela região Dyego e Anderson - e marcar a data do julgamento.