A história vai se repetir mais uma vez. A prefa de Piçarras faz o alargamento da faixa de areia da praia central, mas o mar vem e toma tudo de volta, destruindo parte da orla. Hoje, o espaço pros banhistas praticamente não existe, com direito a árvores caídas e posto salva-vidas por um triz. De acordo com um especialista no assunto, a única solução é realizar um trabalho permanente de acompanhamento da perda de areia. O prefeito Umberto Teixeira (PP) está em Brasília atrás de dindim pra fazer um novo engordamento. A última obra no local foi feita em 2008, mas um ano depois o mar já estava lá em cima dinovo.
O engenheiro oceanógrafo Lindino Benedet é dono de uma empresa especializada em aterros de praias a Coastal Planning & Engineering do Brasil, com sede em Florianópolis, e explica como é ...
O engenheiro oceanógrafo Lindino Benedet é dono de uma empresa especializada em aterros de praias a Coastal Planning & Engineering do Brasil, com sede em Florianópolis, e explica como é feito esse tipo de trabalho. Aterrar praias é igual construir uma ponte. Nunca é permanente. Então é preciso fazer reparos periodicamente. A prefeitura precisa fazer um estudo geológico na área para descobrir qual é esse período, que pode ser de cinco em cincos anos, ou bem maior. Após os estudos preliminares, é feita a busca da jazida do tipo de areia que será colocada na praia, o projeto da orla e a construção. Para cada fase, o poder público deverá fazer uma licitação, explica o bagrão da empresa, que já aterrou mais de 50 praias no mundo.
O mandachuva da city, Umberto Teixeira, está na capital federal pra arrecadar grana pro novo alargamento da praia. De acordo com o prefeito, faltariam apenas alguns detalhes pra prefa conseguir a verba necessária. Já temos tudo encaminhado na Marinha, na Fatma e nos demais órgãos fiscalizadores. Estamos empenhados agora na assinatura do convênio com o governo federal, porque não queremos que a população tenha de pagar novamente pela obra, diz o bagrão, lembrando que, em 2008, a prefeitura gastou R$ 2,5milhões pra aterrar a mesma área da praia, um trecho de 2 km entre a Barra do Rio e a rua Getúlio Vargas. O problema foi que no ano seguinte a orla já estava sendo destruída pelo mar.
Ainda de acordo com a prefa de Piçarras, o projeto atual de alargamento da praia central e reestruturação da avenida Beira-mar prevê o gasto de R$ 7,7 mi. Segundo a assessoria de imprensa da prefa, Teixeira visitou os ministérios do Turismo e da Integração Nacional pra tentar a liberação de R$ 7 milhões do governo federal o resto seria a contrapartida do município.
Tá difícil!
As ações do poder público contra a força do mar, que engole a faixa de areia, começaram ainda no final da década de 1990, quando a prefa engordou a praia central. Dez anos depois, foi feita uma nova tentativa de recuperação, mas o aterro realizado não resistiu às ressacas frequentes. Em menos de um ano, o calçadão voltou a sofrer com as ondas e o fato pode prejudicar muito o turismo no município nesta temporada de verão