Os administradores do hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, e da Havan, em Itajaí, devem ter contratado um baita exorcista para espantar os demônios com muita reza, esconjuro e água benta, e finalmente abrir os locais para o povão. As duas obras também estavam na lista das amaldiçoadas e ficaram um tempão se arrastando antes de virarem realidade.
Na Maravilha do Atlântico, o milagre rolou agora no dia 10 de outubro, quando a prefeitura finalmente abriu as portas da nova unidade de saúde à comunidade. O hospital, que hoje é tocado pela Cruz ...
Na Maravilha do Atlântico, o milagre rolou agora no dia 10 de outubro, quando a prefeitura finalmente abriu as portas da nova unidade de saúde à comunidade. O hospital, que hoje é tocado pela Cruz Vermelha do Brasil, foi inaugurado em 2008, mas precisou de mais dois anos pra finalmente funcionar na prática. Pra piorar, a abertura ainda não é total porque o pronto-socorro do Ruth segue em obras e só deve ficar pronto em abril do ano que vem.
Por outro lado, o início do trabalho por lá é considerado muito bom, pois o Ruth já está registrando cerca de 400 atendimentos ao dia, número superior ao do Santa Inês, que antes era a unidade de referência na cidade. O hospital que herdamos com 20 milhões em dívidas, contas bloqueadas, que era o campeão das reclamações, fizemos com que passasse a ser referência em toda a região, sigabou o prefeito Edson Periquito, durante a solenidade de abertura.
Mudaram de unidade
Os espíritos malignos que habitavam o Ruth parecem ter se mudado de mala e cuia pro Santa Inês, que a cada dia está mais perto de fechar as portas. O pronto-socorro da unidade foi lacrado, mais de 100 funcionários ganharam o pé na bunda e hoje é uma incógnita o que será da unidade de saúde, que parece ter entrado para os locais amaldiçoados.
Havan peixeira
Ao contrário das demais obras citadas, a da Havan em Itajaí não demorou para sair. A loja, orçada em R$ 20 milhões e que oferece mais de 100 mil itens de produtos dos mais variados segmentos, ficou pronta em cinco meses e foi inaugurada agora no dia 22 de outubro.
O problema por lá foi conseguir autorização da dona justa, após o grupo da Marrecolândia ter arrematado o terreno na avenida Sete de Setembro por R$ 15 milhões, no final de 2009. A decisão a favor da empresa saiu somente em maio deste ano e acabou com a esperança do pessoal da empresa Joconte Fomento e Participações Ltda, de Joinville, que reivindicava a propriedade da área.
Antes da construção da Havan, quem passava pelo terreno se deparava com o esqueleto do que era pra ser um shopping center, que nunca foi inaugurado. Dizem que em noites de lua cheia era possível ver lobisomens e até vampiros andando pela construção. Xô, maldição!