O profe manezinho Kartz Benicio Benedet, 40 anos, afirma ter sido espancado por um policial militar no terminal Rita Maria, na capital da Santa & Bela, domingo. Ele tava acompanhado da esposa e do filho de cinco anos quando parou o carango dele na área de embarque e desembarque da rodô, de onde partiria de buso pra Criciúma pra lecionar no curso Energia. O esquema era descer do carango, retirar as malas e deixar a mulher assumir o volante. Mas, segundo ele, um PM apareceu exigindo que tirasse o carango da área de embarque. Ele me xingou e me bateu. Cheguei a pensar que fosse morrer, afirma o fessor.
Segundo Kartz, o perrengue rolou por volta das 20h30, quando desceu do carro e foi abordado por um milico identificado apenas como cabo dos Santos, que não quis saber de prosa e teria mandado o ...
Segundo Kartz, o perrengue rolou por volta das 20h30, quando desceu do carro e foi abordado por um milico identificado apenas como cabo dos Santos, que não quis saber de prosa e teria mandado o professor tirar o carango do lugar imediatamente. Ele já chegou falando passa, passa, vai, vai, corre. Tentei argumentar que eu estava no meu direito, já que a sinalização proíbe o estacionamento, mas libera a parada para embarque e desembarque. Mas não teve diálogo. Ele sacou o bloco de multas e começou a multar meu carro, explica.
A baixaria teria começado quando o profe pediu a identificação do meganha. Argumentei que a multa era irregular, pois só estava desembarcando e minha esposa já ia sair com o carro. Perguntei ao cabo qual era sua identificação, já que ele estava com os meus documentos, eu tinha o direito de saber quem ele era, mas sempre com o maior respeito. Nesse instante, o cabo começou a gritar me chamando de vagabundo e dizendo que ia me prender, comenta.
Kartz afirma que o policial o pegou pelo pescoço e o carregou até a delegacia do Turista, localizada no terminal rodoviário. No caminho, tomou socos e apertões do militar.
Da depê do Rita Maria, Kartz seguiu preso até a primeira depê da capital manezinha, onde foi enquadrado por desacato e liberado em seguida. Ele afirmou que vai denunciar o cabo à corregedoria da polícia Militar em Florianópolis. Não sou o primeiro a passar por uma violência destas, mas vou levar esse caso até o final, para tentar evitar que aconteça com outros, promete.
A reportagem ligou pra assessoria da imprensa da PM em Floripa, no final da tarde de ontem, e conversou com o coronel Cajueiro, que repassou o telefone da corregedoria. O DIARINHO ligou cinco vezes para o telefone indicado, mas ninguém atendeu aos chamados.