Por incrível que pareça, tem mais oferta do que procura de empregos nas redes hoteleiras da região. Olga Ferreira, presidenta do sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares da Região (Sechobar), alerta que a temporada de verão vai começar com falta de gente pra encarar o serviço. O pessoal não quer mais trabalhar com hotéis ou restaurantes, pois tem expediente aos finais de semana e feriados, avalia, completando: Além disso, o salário oferecido por outros segmentos é mais alto. Tem muita gente indo trabalhar na construção civil, inclusive mulheres, já que trabalha de segunda a sexta e ganha mais.
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A previsão é que cerca de 1000 vagas sejam abertas em Balneário Camboriú em hotéis, motéis, barecos e restaurantes nesta temporada. Em Itajaí, o número de novos postos de trabalho deve ficar entre ...
A previsão é que cerca de 1000 vagas sejam abertas em Balneário Camboriú em hotéis, motéis, barecos e restaurantes nesta temporada. Em Itajaí, o número de novos postos de trabalho deve ficar entre 300 e 400, estima Olga. Balneário Camboriú é de longe a maior empregadora pra categoria que o Sechobar representa porque continua sendo o maior polo turístico do sul do Brasil.
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A maior procura, diz a sindicalista, é por profissionais pra trabalhar como camareiras, auxiliares de cozinha, garçons, garçonetes e recepcionistas. A chefona do Sechobar diz que, em média, 30% dos trabalhadores temporários acabam efetivados pelas empresas após a temporada.
Pra Olga só tem uma solução pra resolver o problema da falta de mão de obra no setor. Os empresários não querem aumentar o piso salarial. Eles têm que entender que estão perdendo muita gente devido a isso. A carência está muito alta, só aumentando o salário para tornar o emprego atrativo, carca a presidente do Sechobar.
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Problema tá ficando crônico
Na edição de 2 de junho deste ano, o DIARINHO já havia alertado pro risco de um apagão de mão de obra capacitada no setor hoteleiro e de bares e restaurantes na região. Bagrões do turismo das prefas da região e empresários do setor admitiram o problema e se disseram preocupados com a situação. Naquele mês, em plena baixa temporada, havia 600 vagas em aberto porque a patrãozada não conseguia gente pra trampar.
Entre Balneário Camboriú e Balneário Piçarras, a categoria tem aproximadamente seis mil trabalhadores fixos. Na alta temporada o bicho pega e o número de postos de trabalho aumenta para 8,5 mil. Setores como o construção civil, que pagam mais e não exigem trabalho aos finais de semana, estariam roubando trabalhadores da hotelaria e da gastronomia.