O mês de novembro será decisivo pro futuro do hospital Santa Inês (HSI). Nas próximas semanas, deverá ser encerrada a intervenção da prefeitura na administração da unidade de saúde do Balneário Camboriú, que corre sério risco de fechar as portas divez. Como a maioria dos trampos de urgência e emergência e internações já são prestados no novo hospital municipal Ruth Cardoso, que agora é referência no município, a prefa alega não ter mais condições de bancar o Santa Inês. O dono da unidade, o dotô Jau Gaya, teria dito que não há grana pra manter o hospital de portas abertas sem ajuda do governo.
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O decreto de intervenção foi firmado há seis anos, quando o HSI já ameaçava fechar as portas. Desde então, a prefeitura tem administrado as dívidas e tocado a unidade. No mês passado, o governo ...
O decreto de intervenção foi firmado há seis anos, quando o HSI já ameaçava fechar as portas. Desde então, a prefeitura tem administrado as dívidas e tocado a unidade. No mês passado, o governo municipal abriu o Ruth, transferindo todas as internações e os atendimentos de emergência do sistema Único de Saúde (SUS) pra lá. Com isso, a maioria da verba que ia pro Santa Inês agora vai pro novinho hospital. No Santa Inês ainda são feitas poucas intervenções e o município resolve pendências trabalhistas, conta o procurador do Balneário, Marcelo Freitas. São mantidos ainda por lá 115 funcionários contratados por Jau Gaya.
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O procurador afirma que, depois que resolverem o pagamento da demissão dos cerca de 110 funcionários que já deixaram a unidade, irão devolver o Santa Inês ao antigo dono. A transição pro Ruth Cardoso já acabou. Agora chegou a hora de entregar o hospital, lasca.
Marcelo ainda diz que a administração municipal não terá dindim em caixa pra bancar mais o Santa Inês. Ao mesmo tempo, não gostaríamos que o hospital fechasse, completa o procurador, lembrando que até semana que vem vai marcar uma reunião entre o município e o dotô Jau pra definir a data de entrega da administração do HSI.
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Sem grana
Eloar Antônio Lenzi, advogado de Jau, conta que ainda não tem definição do que será feito com o Santa Inês. Ele afirma que o médico dono do Santa Inês não tem condições de bancar a unidade sozinho, mas está atrás de alternativas pra não fechar as portas, como alugar pra terceiros ou até mesmo buscar auxílio do governo estadual, por exemplo. Pra piorar, será preciso melhorar as condições do local, que tem uma estrutura física defasada e material sucateado. Não tem como [o Jau] tocar o hospital assim, destaca o dotô Eloar.