O sol não pintou no litoral da Santa & Bela neste feriadão de Proclamação da República, mas os velejadores que disputaram o Brasil Match Cup 2011, em Florianópolis, nem se importaram com isso. O vento soprou bem forte, inflou as velas dos barcos e quem mandou bem foi a mulherada presente na competição. A equipe liderada pela carioca Renata Decnop, candidata a representar o Brasil nas Olimpíadas de Londres 2012, foi campeã absoluta, levando o primeiro lugar nas categorias feminina e aberto. O time ainda contou com a carioca Gabriela Sá e a paranaense Larissa Juk -, que aprendeu a velejar na capital catarina.
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As regatas rolaram segunda-feira, na Baía Sul, no Iate Clube de Santa Catarina, e foram disputadas na modalidade match race, em que os barcos vão à água em duplas e vence aquele que chegar primeiro ...
As regatas rolaram segunda-feira, na Baía Sul, no Iate Clube de Santa Catarina, e foram disputadas na modalidade match race, em que os barcos vão à água em duplas e vence aquele que chegar primeiro. Este é um modelo de competição bem objetivo e que estreia no circuito olímpico no próximo ano. Foi essencial participar dessa prova na Ilha da Magia para nos preparamos para as Olimpíadas, porque a equipe é nova e é só nas regatas que conseguimos praticar todos os fatores do treino, ver os pontos fortes e fracos. Tudo isso misturado com adrenalina por vencer, afirma Larissa, minutos depois receber a medalha de ouro. Quando pequena, a atleta visitava o avô em Floripa e começou a velejar na praia dos Ingleses. Aos 17 anos, se mudou para Santa & Bela e se profissionalizou na vela.
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O catarina Matheus Dellagnelo, campeão Pan-americano 2011 na classe sunfis, também participou da competição. Mesmo demonstrando técnica e experiência, o atleta apanhou das mulheres, que já treinam há algum tempo na match race com os barcos Elliot 6M. Essa embarcação é difícil de velejar porque é pequena e leve. O barco tem respostas radicais, além de ser muito rápido, explica Renata, que há dois anos treina com esse modelo.
Valeu a intimidade
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A intimidade com o barco e maior tempo de treinamento das mulheres se refletiu nos resultados. As equipes de Renata Decnop, Juliana Senfft e da argentina Martina Silva levaram os três primeiros lugares, respectivamente, tanto na categoria feminina quanto na aberto. Caroline Bejar e Maria Sanz foram quarto e quinto entre as mulheres. No aberto, a classificação se completou com Thomas Lowbeer, Philipp Grochtmann e Matheus Dellagnelo.