Dia 1º de dezembro. Esse é o prazo que os policiais civis da Santa & Bela deram pro governo catarina pra fazer uma nova proposta de reajuste salarial. A decisão saiu após uma assembleia dos meganhas, realizada ontem de tarde, na sede do sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol), em Floripa. Cerca de 40 tiras peixeiros se juntaram a mais de 800 de todo o estado pra discutir a paralisação, que começou na última quarta-feira. Durante os três dias de cruzada de braços, as depês atenderam apenas casos de prisão em flagrante. Na terça-feira, a direção do Sinpol vai ter um plá com o governador Raimundo Colombo (PSD), quando deve levar as reivindicações da categoria.
Uma caravana de policiais de Itajaí e demais citys catarinas participou do plá em Floripa. Eles garantem que a volta ao trampo e o prazo são uma forma de demonstrar que a polícia está disposta a ...
Uma caravana de policiais de Itajaí e demais citys catarinas participou do plá em Floripa. Eles garantem que a volta ao trampo e o prazo são uma forma de demonstrar que a polícia está disposta a negociar. Não queremos que a população seja prejudicada, pois sabemos que o trabalho da polícia é essencial para a segurança da cidade. Por isso, estamos dando um prazo para o governador Colombo rever a proposta anterior, de 8% de reajuste salarial, conta o agente da 2ª depê de Itajaí, José Ubiratan, que trabalha há mais de 30 anos na polícia.
A principal reivindicação dos meganhas é com relação ao faz-me rir. Eles alegam que não recebem reajuste há 13 anos, e que os 8% oferecidos pelo governo são insuficientes pra cobrir todas as perdas salariais. Um policial recebe hoje R$ 781 por mês e isso é uma vergonha. Quando eu entrei na polícia, a gente recebia até 21 salários mínimos. Eu até larguei um emprego no Banco do Brasil. Mas hoje recebemos bem menos. Pedimos apenas a reparação de todas as perdas, reforça Ubiratan.
Na última quinta-feira, Colombo fez uma proposta pros puliças, em que prometia a todos os servidores da segurança pública do estado a incorporação de abonos e gratificações, divididos em quatro parcelas a partir de agosto de 2012. O governador também garantiu que nenhum servidor da polícia Civil recebe somente R$ 781, informando que esse é o valor do vencimento, que ainda tem o acréscimo de abonos e benefícios.
Conferentes fazem última proposta
No porto de Itajaí, a situação é bem pior. Conferentes e a empresa APM Terminals, responsável pela operação de berços de atracação no terminal peixeiro, continuam com um impasse que parece não ter fim. O sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga promete entregar uma última proposta pros diretores da empresa neste sábado. Por outro lado, a APM informou que já contratou novos peões, e que já pode receber navios. A bronca por lá até agora custou mais de R$ 25 milhões de prejuízo pra cadeia portuária da city. Nos 23 dias de greve, já são 32 navios que mudaram de rota e deixaram de atracar por aqui.
O presidente do sindicato dos conferentes, Laerte Miranda Filho, avisa que a greve permanece na mesma, e que devem fazer uma última oferta de acordo. Vamos fazer uma proposta no sábado, e será a última. Terá algumas alterações com relação à última oferta, que previa o encerramento da greve, mas novamente com um prazo de 60 dias para que nós e a APM possamos elaborar um contrato de vínculo empregatício, anuncia o bagrão.
A APM já anunciou que está apta a receber navios. A empresa ainda avisou que concluiu o processo de seleção de 19 conferentes com vínculo, e que outros três estão em processo final de contratação. Em nota, a empresa também disse que o procedimento de contratação da mão de obra é totalmente legal e pautado em liminar da Justiça do Trabalho. No entanto, não há nenhum navio previsto pra atracar no porto peixeiro.