Itajaí

Pedreiro ainda foi acudido, mas morreu

Um crime bárbaro chocou os moradores da rua Érico Veríssimo, no bairro São Vicente, em Itajaí, no início da tarde de sábado. O pedreiro Elias Horn, 39 anos, foi queimado vivo pela esposa, Andréia Paula Waldrich, 40, enquanto dormia no quartinho do cortiço onde o casal morava. Com baldes de água, vizinhos ainda conseguiram apagar as chamas que ardiam no corpo do coitado. Elias chegou a ser levado com vida pro hospital Marieta Konder Bornhausen, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao meio-dia de ontem. Andréia foi presa. Segundo um policial civil, a mulher tava inconformada porque o cara ameaçava romper a relação.

Uma gritaria desesperada assustou R.C., 29 anos, por volta das 14h30 de sábado. A dona de casa, vizinha do pedreiro, tava tão nervosa que mal conseguia encher o balde de água, a pedido da irmã gêmea ...

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Uma gritaria desesperada assustou R.C., 29 anos, por volta das 14h30 de sábado. A dona de casa, vizinha do pedreiro, tava tão nervosa que mal conseguia encher o balde de água, a pedido da irmã gêmea, R. “Minha irmã veio desesperada pedir água. Perguntei para quê, e ela me disse que tinha um homem pegando fogo”, lembra.

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As duas correram em direção ao quarto número cinco, onde Elias vivia há pouco mais de uma semana com Andréia. A vizinha conta que podia ouvir os gemidos desesperados do pedreiro.

À exceção da sola dos pés, Elias, que estava completamente nu, tinha todo o restante do corpo tomado pelo fogaréu, principalmente a cabeça. “As pessoas jogavam água, e ele perguntava como estava o rosto dele”, conta a vizinha.

Assim que as chamas foram contidas, os vizinhos arrancaram Elias de cima da cama e o levaram pra fora do quarto. Mesmo queimado, estava consciente e pedia desesperadamente por água.

Com mais de 90% do corpo queimado, o homi foi levado pra UTI do hospital Marieta Konder Bornhausen. Ao meio-dia de domingo, ele morreu.

A polícia Civil de Itajaí acredita que Andréia tenha ateado fogo no pedreiro com álcool de cozinha enquanto ele dormia, já que uma grande quantidade do produto foi encontrada no local do crime. A suspeita é que a doida varrida, que vivia com Elias há oito meses, botou fogo no marido porque ele ameaçava ir embora.

Ainda segundo a polícia, Andréia teria praticado o crime e fugido logo em seguida. Na noite de sábado, voltou pro cortiço pra, segundo os vizinhos, pegar umas roupas. Foi lá que a PM a prendeu, por volta das 19h, depois de uma denúncia anônima.

Vizinhas contam que casal brigou feio no sábado pela manhã

R.C., vizinha de Elias, conta que o casal teve uma briga feia na manhã de sábado. R. ouviu Andréia dizer que botaria um par de galhos no marido se ele saísse de casa. “Eles moravam aqui há muito pouco tempo, umas duas semanas, mais ou menos, mas já deu para perceber que ela usava drogas”, afirma a dona de casa.

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A mulher também costumava beber e a briga entre os dois teria rolado por ciúmes do pedreiro, que desconfiava da mulher. “Eles brigaram muito no sábado de manhã. A gente já sabia que ela traía ele. A discussão poderia ter surgido por isso”, palpita. Quando os vizinhos foram acudir o pedreiro, Andréia já não tava mais na quitinete onde o casal vivia. Pra outra vizinha, que preferiu não se identificar, esse é mais um indício de que o rapaz foi assassinado de forma brutal pela dona de casa. “Se ela diz que foi um acidente, então por que não ficou lá para acudir ele? Ninguém a viu, só depois, de noite”, alfineta a moradora.

O retorno de Andréia ao local do crime teria tido dois motivos. Um deles seria pra pegar roupas. Outro, pra visitar um morador do cortiço conhecido como Cigano e de quem ela era amiga.

Elias também seria viciado. Em 2009, foi detido no São Viça quando comprava crack de um trafica.

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Mulher confessou e depois negou o crime

Antes de ser levada pra delegacia, ainda no quartinho do cortiço, Andréia confessou aos policiais ter matado o marido. Fria e sem muita emoção, segundo um tira da 2ª depê peixeira, admitiu ter usado álcool de cozinha pra atear fogo em Elias. “Ela disse: ‘Sim, fui eu. Botei fogo com álcool’”, lembra o policial Civil.

Já na delegacia, durante o depoimento, Andréia mudou a versão. Alegou que fazia comida em casa, quando, acidentalmente, deixou o fogareiro cair em cima do marido. A explicação não convenceu muitos os tiras, já que o cara tava pelado quando foi encontrado pelos vizinhos, e a mulher deu no pé. O tira que tomou o depoimento de Andréia disse que ela continuou fria durante todo o tempo. “Ela não reagia. Recuou do depoimento com a mesma lucidez”, acrescentou.

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A polícia descarta a possibilidade de Andréia ter problemas mentais. Mesmo com um bafo de canha e suspeita de estar sob efeito de drogas, a guria aparentava estar lúcida durante o depoimento. “Ela chegou um pouco fora do ar, mas o depoimento não é de gente doida. Estava completamente consciente”, concluiu o policial.



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