Itajaí é uma cidade que cresce. Em alguns sentidos esse crescimento é mais evidente, como, por exemplo, no avanço das construções verticais por toda a city, mas principalmente no centro. Dessa forma, com a evolução, é preciso contemplar todos os setores da sociedade no uso e regulamentação dos espaços públicos. Mesmo os sabichões da arquitetura e da história peixeira, críticos da praça como lugar de compras populares, sabem que os camelôs têm que seguir trabalhando, pois as famílias dependem disso.
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Mas por que esse trampo se dá justamente na praça mais nobre do município? Não existem outros locais na cidade com capacidade e movimento pra abrigar o camelódromo? Pelo que se vê, basta um olhar ...
Mas por que esse trampo se dá justamente na praça mais nobre do município? Não existem outros locais na cidade com capacidade e movimento pra abrigar o camelódromo? Pelo que se vê, basta um olhar um pouco mais criterioso e apurado pra encontrar espaços que atendam o comércio popular e não escondam o patrimônio histórico, além de oferecer bons negócios pra classe.
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Esse é o caso do novo camelódromo de Itajaí, que será inaugurado dentro de mais algumas semanas. Num amplo prédio que fica na esquina das ruas Tijucas e Alexandre Fleming, o centro de compras será aberto em dezembro, provavelmente antes do Natal, mas sem uma data definida ainda, segundo o engenheiro responsável pelo trampo, Moacir de Oliveira Junior. As obras estão aceleradas pra entregarmos tudo no mês que vem, conta.
O local contará com 107 boxes, que não representam o número de lojas, pois muitos proprietários farão de dois boxes apenas uma loja. E ali, o novo comércio não vai atrapalhar ou esconder bens de enorme valor pra uma city que tem 151 anos de história. O novo prédio é uma iniciativa privada e para abrir uma loja por lá o interessado tem que desembolsar uma grana com o aluguel ou a compra do boxe, diferente do que rola no espaço público da praça Arno Bauer, onde você só precisa renovar o alvará anual.
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Original ou falsificado?
O engenheiro Moacir disse não saber se os produtos vendidos nas lojas serão originais ou made in Paraguay, porque, segundo ele, essa escolha ficará a cargo do lojista. O atual camelódromo, mesmo que muitos sejam contrários, segue funcionando normalmente. Pra Moacir, a intenção de construir as novas lojinhas é ocupar uma região que estava meio abandonada, frequentada até por usuários de drogas. A área estava degradada e agora vai ser revitalizada, expõe Moacir.