Condenados, mas ainda sim livres. Esse foi o resultado do júri popular, encerrado por volta das 2h30 da madruga de ontem e que botou no banco dos réus três dos cinco acusados da morte do deficiente Eneri de Souza, 59 anos, vítima de um engano de pistoleiros em agosto de 2008, em Camboriú. Anderson de Souza pegou 13 anos e seis meses de cana, seu irmão Paulo ficou com 14 anos nas costas e Isaías Ferreira, o Pelé, com seis anos. Mesmo com a batida de martelo, os três conseguiram ontem ainda o direito de recorrer da sentença em liberdade.
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Os outros dois acusados de envolvimento no caso, o ex-prefeito Edson Olegário, o Edinho (ex-PSDB e hoje PDT), e seu braço direito Wagner Correia, acusados de serem os mandantes, conseguiram adiar ...
Os outros dois acusados de envolvimento no caso, o ex-prefeito Edson Olegário, o Edinho (ex-PSDB e hoje PDT), e seu braço direito Wagner Correia, acusados de serem os mandantes, conseguiram adiar o julgamento, que ainda não tem data pra acontecer.
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Família aliviada
O dia seguinte ao júri foi de alívio pra família de Eneri. Dona Laudelina de Souza, 82 anos, mãe do deficiente, ficou feliz com a decisão dos jurados. Gostei muito da decisão. Mesmo que eles não tenham ficado presos, eu acredito que todos vão ser presos, logo, logo, confia. As penas dadas ao condenados também agradaram a mãe de Ereni, que as considerou justas.
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Mesmo satisfeita com o resultado do júri, dona Laudelina espera agora a vez do ex-prefeito Edinho e do ex-secretário de Obras da prefa de Cambu, Wagner Correia de Souza, sentarem no banco dos réus. Quem mais merece tá preso é o Edinho e o secretário de Obras. Foram eles os culpados por tirarem a vida de um inocente que nunca fez mal pra ninguém, descascou a velhinha.
O advogado José Álvaro Machado, que defendeu Pelé, ontem mesmo entrou com recurso no Tribunal de Justiça Já pedimos a anulação do júri, pois entendemos que nosso cliente não deveria ser condenado. Segundo Álvaro, o recurso pode levar de três meses a dois anos pra ser julgado. Assim, enquanto não for julgado o recurso pelo TJ, eles continuam soltos, aponta.
Através de sua assessoria, o promotor André Melo disse que não vai se pronunciar sobre o caso. O ex-prefeito Edinho não foi encontrado pela reportagem.