A equipe da Diretoria de Investi­gação Criminal (DIC) do Balneário Camboriú divulga hoje o retrato fa­lado da mulher acusada de carregar um recém-nascido do hospital de Camboriú em 24 de novembro. A mãe do bebê, Suriel Silva Serpa, 37 anos, chegou a rabiscar o desenho da suposta sequestradora e entregar pra polícia. Os homidalei também procuram um Fiesta sedan branco que seria o possante onde a suspei­ta embarcou pra simandar do local com o neném.

O retrato falado é bolado a partir da descrição feita pela mãe do bebê. O desenho começou a ser traçado ontem na sede da DIC. Ele ficará pronto hoje e o delegado Rodrigo Coronha pretende divulgar para a imprensa.

A suspeita é loira, tem cabelos cumpridos, é gorda, tem perto de 1,65m de altura, e usava aparelho nos dentes. Quem tiver alguma in­formação que possa levar à identifi­cação da mulher deve ligar pro 181. “Ela se identificou como Ana Pra­tes, mas é um nome falso”, afirmou o delegado.

Os homisdalei tão vasculhando a região atrás do Fiesta sedan branco, ano 2002 a 2004. Segundo o dotô Coronha, nos últimos dias foram analisadas as câmeras de monito­ramento da região que mostraram a mulher embarcando no possante, em frente ao hospital, com o bebê no colo. Não foi possível ver a placa do carango.

Esta semana, já prestaram depoi­mento pra equipe de investigação parentes de Suriel, funcionários da unidade de saúde, do postinho onde a mulher passou antes de chegar ao hospital, o casal que iria adotar a criança e a própria mãe do pequeni­ninho. Segundo o delegado, Suriel já havia se queixado que não teria condições de alimentar o filhote e iria dá-lo pra um casal.

Os homidalei trampam com vá­rias teorias. Pro dotô Coronha, a menos provável é a de sequestro,

já que até hoje não pediram resga­te pelo bebê. O policial revela que suspeita de roubo e até de venda da criança por parte de algum parente. Apesar das possibilidades, dotô Co­ronha afirma que não há provas que evidenciem nenhuma das suspeitas. “A única pista que a gente tem é o carro”, lamenta.

Mãe fez o desenho

Pra ajudar os policiais a identi­ficar a mulher que levou o bebê, Suriel fez um desenho por conta própria. O desenho, bastante tosco, foi entregue aos policiais da DIC, responsável pela investigação.

O rapto da criança

Na tarde de quinta-feira da se­mana passada, Suriel foi ao hospi­tal de Camboriú. Foi lá que, dias antes, havia dado à luz. Ela estava acompanhada da irmã e de uma mulher que se identificou como Ana. Pros homidalei, Suriel disse que a acusada foi até a sua casa e se apresentou como conselheira tutelar. Quando a mulher foi aten­dida e sua mana foi fazer um lan­che, a falsa conselheira vazou com o bebê no colo.