Itajaí

Cooperfoz recebe todo o lixo reciclável de Itajaí

Todo o lixo recolhido das ruas de Itajaí pela Engepasa Ambiental é levado para a cooperativa de Coletores de Material Reciclável da Foz do Rio Itajaí (Cooperfoz), que existe desde 2001. No galpão da rua Arnaldo Lopes Gonzaga, no bairro Imaruí, o presidente Jonathan de Souza, 39, e mais 38 cooperados trabalham na separação de lixo. São três prensas e um caminhão usados no trabalho, que começa às oito horas da manhã e segue até às 18h.

Cada cooperado recebe diariamente três refeições. Eles têm recolhimento de INSS e direito a férias. Para trabalhar na Cooperfoz, eles recebem em média mil reais. Todo o esquema de trabalho na cooperativa ...

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Cada cooperado recebe diariamente três refeições. Eles têm recolhimento de INSS e direito a férias. Para trabalhar na Cooperfoz, eles recebem em média mil reais. Todo o esquema de trabalho na cooperativa é muito parecido ao de uma empresa comum. O cooperado precisa chegar no horário e não pode faltar sem levar justificativa. Três faltas sem ter um motivo real, é chamada uma assembleia e os cooperados decidem o futuro do companheiro.

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Na cooperativa, todo o lixo é separado, prensado, enfardado e vendido. Muito dos materiais levados para a Cooperfoz ainda pode ser reaproveitados pelos próprios cooperados. Na quinta-feira passada, os trabalhadores testavam um abajur que tava funcionando e já tinham tirado várias placas-mães dos computadores. Estes produtos que ainda estão “bons” são levados pra casa pelos trabalhadores.

Jonathan, que ficará na frente da cooperativa até 2013, se diz feliz com os rumos da Cooperfoz. Hoje, eles recebem um valor mensal de R$ 6 mil da prefeitura de Itajaí para o pagamento do aluguel. O dinheiro é bem-vindo, mas o pessoal acredita que o apoio poderia ser maior. “O município está de parabéns, porque está nos ajudando, mas poderia ter mais incentivo para melhorar e ampliar o espaço para receber o material”, diz Jonathan.

O presidente da Cooperfoz explica que, além da prefeitura de Itajaí, outras prefeituras e empresas de outras cidades também procuram a Cooperfoz para doar o lixo reciclável. Como é cooperativa, a Cooperfoz não pode comprar o lixo, ela só aceita doação. Por conta disso, a cooperativa não compra o material dos carroceiros. Da Cooperfoz, o lixo vai para a empresa SOS Reciclagem, do bairro Cordeiros, e também para outras empresas que compram material reciclável para revender a empresas de São Paulo.

Todo o trabalho realizado na cooperativa é supervisionado pelo Ministério Público. Uma vez por ano, o promotor fiscaliza o recebimento do lixo vindo da prefeitura de Itajaí, acompanha os números e a parceria entre prefeitura e Cooperfoz. Jonathan conta que anualmente entrega um relatório confirmando que todo o lixo está chegando ali e repassando os números do recolhimento. Essa é a forma da promotoria confirmar que o programa Tarifa Zero está sendo bem implantando e mantido no município, já que a prefeitura abre mão de uma receita para incentivar a população da importância de separar o lixo reciclável e orgânico.

Um jeitinho caseiro de separar

Como os carroceiros trabalham por conta própria, no final de cada dia de coleta, eles levam o lixo para casa. Dalírio e Célia fazem a separação do lixo na rua Telêmaco de Oliveira. Lá, eles contam com a ajuda da filha do casal e com a irmã de Célia para fazer a separação. Nos fundos de casa, eles separam vidros, garrafas pets, caixas de leite e outros objetos encontrados no lixo. O material que dá mais dinheiro, segundo Dalírio, é o plástico. Após a separação, uma vez a cada 15 dias, o casal vende o material para uma empresa do bairro Canhanduba.

Assim, como na Cooperfoz, a família consegue reaproveitar alguns materiais recolhidos. Na quinta-feira, um morador deixou um ar-condicionado e um recado para Dalírio: “Está funcionando normalmente. É quente e frio. É só precisa instalar”. O catador ia testar e, se realmente funcionasse, ia instalar o aparelho.

Na casa de Dalírio e Célia, além da família e do lixo reciclável, vivem os dois cavalos que ajudam o casal a apanhar o material das ruas. Orelhinha e Negão recebem tratamento especial todos os dias. Ração e capim são levados para eles em uma baia construída no improviso, embaixo da casa da cunhada de Dalírio. “Tem que cuidar bem, deles também depende o nosso ganha-pão”, finaliza o catador, que nem pensa em fazer parte da Cooperfoz. Para Dalírio, o problema da cooperativa é que alguns trabalham mais e outros menos. Por isso, ele prefere trabalhar sozinho ou com a esposa, assim ele tem certeza que o esforço diário terá um pagamento justo.

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