A assembleia da associação dos Bombeiros Voluntários de Barra Velha, que rolou na noite de segunda-feira, e decidiu pela cassação do mandato do atual presidente da instituição, Jéferson Rodrigues, não serviu pra nada. Tudo porque nenhum dos 30 membros lembrou de um pequeno detalhe: pra ter validade a assembleia deve ter um comunicado de convocação publicado no mínimo três dias em um jornal local. A próxima assembleia ainda não tem data definida, mas deve ser na próxima semana. O atual mandachuva afirma que já prestou contas pro Ministério Público e diz que vai processar quem o chamar de ladrão.

Na assembleia, o conselho fiscal da associação teria mostrado várias irregularidades da atual chefia, como compra de material que nunca apareceu na sede dos vermelhinhos, e abastecimento de possantes ...

Na assembleia, o conselho fiscal da associação teria mostrado várias irregularidades da atual chefia, como compra de material que nunca apareceu na sede dos vermelhinhos, e abastecimento de possantes que não pertenciam à corporação. “Temos documentos que comprovam as irregularidades. Há 20 carros que foram abastecidos como sendo dos bombeiros, mas nunca apareceram lá. Já entregamos tudo para o Ministério Público e vamos marcar outra assembleia para decidir pela cassação do mandato do presidente Jéferson”, conta o ex-presidente dos vermelhinhos voluntários, Vânio César Mattei.

Bombeira voluntária há oito anos, Domenica Nascimento de Souza, 46, também reclama da atual gestão. “As decisões são tomadas de forma arbitrária e isso não é bom. Também há vários indícios de que houve irregularidades. Até processo na dona justa o presidente está tendo que responder. Nunca vi isso aqui”, desabafa.

Presidente sisplica

O atual presidente dos bombeiros Voluntários, Jéferson Rodrigues, diz que já prestou contas pra dona justa. “Toda a prestação de contas da minha gestão já foi entregue para o Ministério Público e eles vão verificar que não há nenhuma irregularidade. Peguei a associação com déficit de R$ 9 mil, e hoje o caixa está com R$ 16 mil. Se os veículos dos bombeiros não foram consertados, foi porque o conselho fiscal não aprovou”, sidefende o bagrão, que também ameaça processar membros da diretoria. ”Se decidirem pela minha saída, não posso fazer nada, mas vão ter que marcar uma assembleia de maneira correta. E também vou processar o diretor do conselho fiscal, que já fiquei sabendo que me chamou de ladrão”, ameaça.